quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Oriana, sinto que o meu coração é apenas umas gotas de sangue, secando como o Outono seca as folhas. A pele parece esfacelar-se e quero fugir para além do mundo. Oriana, há lanças que me ferem de sítios que desconheço e não há qualquer refúgio à vista. Oriana, falas-me num ideal maior que vive dentro de mim mas já em tudo desacredito, não sei ter asas, não sei sonhar as maravilhas de que me falas quando à minha frente só há um deserto de bolor.

Sofia

Sofia, o teu coração é grande como um bando de pássaros a voar, uma primavera que deslumbra toda a natureza com a sua chegada. O mundo abraça-se contigo porque tens sempre algo para lhe mostrar. O que te fere agora verás que a vida com as suas mãos ternas acabará por curar. É breve o inverno que temes e as flores que segurámos nas mãos caminham já na nossa direcção. Sofia, o ideal vive sempre em ti porque tu própria és esse ideal, navegas nas maravilhas que constróis e há tua frente há sempre um horizonte cheio das tuas fantasias.

Oriana

Sem comentários: