terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Rapaz, apanhei uma molha quando ia para as minhas aulas de inglês, apesar de ter levado chapéu-de-chuva. Fiquei encharcada, tive de tirar imediatamente toda a roupa (apetecível, não?) quando cheguei a casa e tomar logo duas aspirinas. Enquanto estava nua ia imaginando as tuas mãos suaves a passearem pelo meu corpo. Depois acordei para a realidade e enfiei as aspirinas goela abaixo. Depois fui para a internet fazer uma pesquisa sobre magia e pensei que se calhar me tinham lançado um feitiço naquela noite, um feitiço relacionado contigo. Sabe-se lá, alguém disse: “esta tipa não vai conseguir esquecer este tipo”. E não é que resultou. Claro que o feitiço só foi para um lado, infelizmente. Acho que a pessoa não percebia muito de magia e fez aquilo tudo mal. Preciso de contactar um bruxo para ele te enfeitiçar, para vires a correr para os meus braços. Mas pelos visto preciso de saber como te chamas ou ter uma fotografia tua. Como é possível não teres sido capaz de me teres dito o teu nome durante todo o tempo em que estivemos juntos?! Mas pronto, posso explicar-lhe que o teu nome é Rapaz. Sabes que esses feitiços são muito potentes, resultam mesmo? E ele aí perguntava: Rapaz quê? Preciso do nome completo. Podia dizer Rapaz Constante Tormento. Será que é o nome certo? E depois eu ficava à espera, como estou sempre. Ficava à espera que o feitiço desse contigo em doido, só te fizesse pensar em mim, te fizesse a vida num inferno, não conseguias dormir e quando conseguias sonhavas comigo. Pensavas que estavas louco, louco por mim. Nada mais te interessava na vida senão estares comigo. Não te conseguias concentrar em nada, o teu desejo era febril. E procuravas-me em todos os lugares, em todos os cantinhos com um desespero agonizante. Quem sabe rapaz se me poderias encontrar?