sábado, 12 de março de 2011

Uma observação: os Censos estão a decorrer…sem mim. Mas hão-de vir cá bater-me à porta!
Estive a pensar melhor rapaz, se calhar o meu problema em relação a ti é outro: a minha vida afectiva é tão vazia que, no fundo, o que eu preciso é apenas de alguém que me ame, me deseje. Estou com a auto-estima tão em baixo que o que eu preciso realmente é de alguém que a ponha para cima. Pode ser qualquer pessoa, mas não há qualquer pessoa, porque eu não conheço qualquer pessoa, só te conheço a ti. Por isso é que és tão importante para mim. Não é por razões nobres, como podes ver. Ainda bem, não era nada positivo ter sentimentos reais por ti porque o mais provável é estares-te nas tintas. Ainda assim tenho de lidar com esta horrível obsessão que advém dos factores que mencionei em cima, o que é muito difícil. Não gostava de gostar de ti a sério, acho que era um sofrimento ainda maior. Já basta o que basta, seu envenenador! Quero ouvir-te a dizer bem alto que gostas de mim, que me queres acima de tudo. Seu trama-cabeças, estremeço mal aparece a primeira letra do meu pensamento sobre ti. Eu desfaço-te em fanicos, desmorono o teu ser, deito fogo à tua morada. Eu nunca te deixei entrar, tu forçaste a entrada e agora para mim não há saída de ti. Bem, sexta à noite, que fazes? Amigos e copos? Gaja e sexo? Pois eu hoje nem poesia. Chove e estou aborrecida de morte. A maior parte dos meus pensamentos são aborrecidos de morte. Mas num bar porreiro, espevitada pela tua presença, isso podia mudar. O que te posso dizer, és parte da minha inspiração poética e isso leva-me a escrever poemas bem bonitos. Bem, pelo menos serves para alguma coisa. Podias também servir para adocicar a minha vida, para a encher de amor. Não sei onde estás esta noite, mas sei que devias estar comigo.