sexta-feira, 11 de julho de 2008


(Daubigny Charles-François, "Les Bords de l'Oise")
Quem semeia água vê crescer os mundos, para dentro dos olhos, para fora das mãos...

Se me beberes profundamente engoles-me por inteiro e eu transformo-te o mundo de universos que no teu interior me esperam...
Um fósforo partido que ainda se incendeia porque o fogo come este oxigénio que respiro e toda eu sou chamas. Se chamares pelo meu nome eu dou-te uma fonte que não te vai apagar.
Flores de romã crescem nas minhas mãos e procuram o teu calor para desabrochar um tesouro.

Muito lá-lá-lá? Ainda não virão nem 10%...
Nada é simples, até um átomo é complexo. Ela é complexa, ele é complicado, ela é blá, blá, ele é blá, blá. Pobres de espirírito os que dizem tais coisas, não se levam mais adiante. Tenho dito e agora acabei de dizê-lo uma vez mais. Mais complexo? Aprender árabe e japonês ao mesmo tempo. Isso é que é uma cena que rebenta com o cérebro!
Detesto a puta das músicas a gaguejar no youtube e afins, dá-me vontade de partir o computador todo!!!

E sim, vai assinado: BIANCA

(estamos contigo bacana!)
Oriana, fechei os olhos e deixei-me cirandar pelos caminhos dos desejos mais do que desejados. Voaste até mim, para eu voar até ele, e depois veio todo esse amor que acariciámos. Oriana, chamo-o agora, como dantes, agora reconheço o seu olhar no interior do meu.

(Juarez Machado, "Rencontre sinueuse")
A secura do meu vislumbrar quando o teu olhar do meu se esqueceu, na distância que criaste. Sou aquela que caminho com pés de dores, na procura que tinha partilhado na magia de dois olhos beijando-se.
Fabrizio De André: "Amore Che Vieni Amore Che Vai"

Quei giorni perduti a rincorrere il vento
a chiederci un bacio e volerne altri cento
un giorno qualunque li ricorderai
amore che fuggi da me tornerai.
Un giorno qualunque li ricorderai
amore che fuggi da me tornerai.

E tu che con gli occhi di un altro colore
mi dici le stesse parole d'amore
fra un mese, fra un anno, scordate le avrai
amore che vieni da me fuggirai.
Fra un mese, fra un anno, scordate le avrai
amore chevieni da me fuggirai.

Venuto dal sole o da spiagge gelate
perduto in novembre o col vento d'estate
io t'ho amato sempre, non t'ho amato mai
a more che vieni, amore che vai.
Io t'ho amato sempre, non t'ho amato mai
amore che vieni, amore che vai.
Como se nega a realidade? Diz-se que ela está louca, amarra-se os braços da tipa a uma cama e injectam-se calmantes fortíssimos. Depois pergunta-se: és real? Não, eu estou a ser quem sou. Isso basta-me.

Sofia

(Childe Hassam, "Sunset Above the Newburgh")
Jaime, o amor é o sonho mais louco que sonhei. Mas Jaime esse tempo que de tanto medo tive não consegui olhá-lo nas linhas dos vitrais do seu olhar. Jaime, esse sonho de que me falaste é possível. Todo o seu sabor em mim habita depois de um abrir de olhos em botão que nunca mais se fechou.
Sara, há florestas radiantes, há florestas de sol em expansão. Mas Sara, esse caminho eu descobri quando alguém me falou em serenata, pensando que eram sonetos. Sara, fiquei do seu lado e dentro dele adormeci, para acordar e dar-lhe o alimento dos meus gestos. Sara, ele desceu as escadas com um rio de lágrimas na face e não percebeu no final quem eu era.

(Marlene Dumas, "Caught Red Handed")
Sara, tudo no meu mar são peixes que voam para além do mar, mergulhando em si mesmos. Sara, esse outro de que te falo, estou descamando sem ele. Sara, nessa sua ausência o mar é reduzido como um lago rodeado de lodo. Sara, leva-lhe a minha carta de amor, os peixes em mim anseiam o mergulho n’ele.
There's much more
Than cars and girls

(Prefab Sprout)
A Poesia está no Ar

BACK IN BUSINESSSS!!! Oh yeah!

Carpinteira