domingo, 17 de julho de 2016


Subo por montanhas de vida em crescendo que desejam o meu remar, parto para escalar o infinito. Sou feita de festas permanentes e celebro os dias com fogueiras de ferocidade. Gostava de jorrar fontes, apanho a água das poças para despejá-las em sons de rebentamento.

Desejo as cores que apenas existem nos dias ímpares, gostava que elas se enraizassem no meu interior como uma cola permanente. Procuro as suas passadas com o meu olhar artístico, voo com partida marcada e sem retorno. Felicito tudo em frente com promessas de movimentos imparáveis em direção ao horizonte veloz.

Cresci demasiado, cresci do tamanho de um despontar solar, então fui raios até ao infinito. Despertei para dias de prosperidade e ganhei o verão completo. Caminhei e nunca me cansei pois respirava uma viagem interior vasta em planetas. Fui atrás dos meus sonhos e realizei a sua sonoridade alimentando-me das cores de uma vida chovendo sorrisos.