domingo, 3 de abril de 2011

Rapaz, tenho muita pena mas pus aquela simpatia para te esquecer em andamento: escrever num papel o teu nome, espetá-lo com uma agulha de um lado ao outro e metê-lo no congelador. Depois de estar lá três dias, deitá-lo para o caixote do lixo dizendo: “com esta esterqueira te irás porque tu também és sobras na minha vida. Desaparecerás com o apodrecimento destes restos.” Depois de saber da história dos três anos tenho de te esquecer senão vai ser um grande sofrimento. Mas deixa estar que, em princípio, continuarei a vir aqui falar contigo. Estou a escolher as minhas poesias para o tal livro do concurso, que provavelmente irá chamar-se: “Paisagens de solidão e Manjares de calor”. Não tenho vontade de te escrever, parece que não há mais nada a dizer. Realmente há dentro de mim uma imensa paisagem de solidão. E hoje, Sábado à noite, estou aqui uma vez mais enfiada no quarto, sozinha. A Ana está em Paris, que sortuda. E tu, estás sozinho também? Hoje não foste sair com os teus amigos? Parece-me que não. O que fazes então? Deves sentir um estranho frio por estares no meu congelador. Tem de ser meu bem-querer. Querer-te assim com esta vontade…não o poder evitar. Mas tem de ser. Acredito que talvez sintas algo parecido com o que eu sinto. Mas conhecerás a realidade do tempo que falta? Não estou ao virar da esquina. Conseguirás esperar lembrando-te sempre de mim? A ver se não te metes com outras gajas. Isso não dá com nada! Ai rapaz, estarmos os dois sozinhos nesta noite longa, que disparate! Era giro teres um diário e depois andarmos a comparar os dias. Era giro encontrares este blog por acaso. Eu estou sempre a enviar-te beijos de boas noites, será que fazes o mesmo? Assim da tua varanda interior…Estes posts são uma lamechice pegada, eu sei. Ultra-romântico-foleiros. Mas são muito sinceros. Estou sempre a bater nas mesmas teclas, mas são as únicas teclas em que sei tocar. Quando a minha vida mudar terei menos tempo para pensar em ti, o que será um alívio. Tendo em conta que tens uma vida estruturada pensas menos em mim, o que é uma sorte do caraças. Por este blog podes observar a loucura da minha cabeça no que diz respeito a ti. Assusta-te à vontade, a culpa não é minha. Esta enorme paixão apoderou-se de mim sem eu dar por isso, tomou conta de mim sem que eu quisesse. E há um carinho que só te quer abraçar. Baci mille