terça-feira, 20 de janeiro de 2015


Era uma vez uma safira que encontrou um figo e perguntou-lhe: porque é que és verde? Ora sei lá, nasci assim da figueira, e tu porque é que és azul? Também não sei, mas é uma bela cor. Tens razão, não me queres dar um pouco dela. Ok, podemos trocar. Quando os outros figos viram o figo meio verde, meio azul puseram-se a gozar. Caio-te o céu em cima? O figo ficou muito triste e foi falar com a safira. A safira, então, apareceu perante os figos, estes ficaram deslumbrados com ela e perceberam a história toda. Quiseram um pouco do seu azul também mas não havia para todos. Ela foi chamar as amigas e deu para toda a gente. Depois, fizeram um grande piquenique e, no fim, as cerejas também quiseram uma troca de cores.

O meu mundo está cheio de rico. Mas ficará sozinho cheio de rico. Porque ninguém percebe e perceberá isso. Rico? Nem sabem o que isso é. Mas que isso não me incomode e que eu me dê valor.

Sofia

O que eu escrevo é o que eu sou, o que eu sou é o que eu escrevo. Não há nada mais puro em mim do que escrever. Eu até podia escrever sobre mangueiras rotas, tanto fazia. Tinha significado para mim, para a minha escrita. A minha escrita: total liberdade, ninguém a foder-me a cabeça. Ela nada me impõe. Ela salvou-me a vida. Está tudo dito.

Sofia Sara

Não entendo os gestos que arremessas na minha direção com a rapidez de um furacão provocando rajadas na minha pele. Não entendo esse mundo de portas que fechas, umas atrás das outras, silenciando o meu mundo. Sabes que mais? O meu mundo continua erguido, como sempre. Mas sinto uma coisa má.

Todos
Eu venho do nada...e tudo o que eu vi quero vê-lo agora de olhos tapados. Sinto demais? Esses momentos que não sabia já condenados, embrulhados de mentiras que sorriste perante quem eu era e que agora deixei de ser para...eu venho do nada.

Sofia