terça-feira, 12 de outubro de 2010





(Edvard Munch, "Cupido")
Rapaz, rapaz, o que andas a fazer a estas horas por aqui? Pairas por mim durante todo o dia, mas eu já estou tão cansada que às tantas já não me importo. Quando leres isto deves achar que eu sou realmente louca. Como é que uma noite pode dar a volta à cabeça de uma pessoa desta maneira? Ou melhor, como é que tu tiveste este efeito sobre mim numa só noite? Conversa do msn: como arranjar sexo pelo sexo. O meu companheiro de sempre diz-me que eu tenho de sair. Eu pergunto se andar de autocarro serve, ele diz que sim: “encosta-te a eles...respira-lhes profundo no pescoço e espera pela reacção...podes é ter uma reacção menos agradável... ou então se fores descarada, pergunta mesmo no ouvido se eles querem dar uma...e espera pelo que dizem...” Tinha piada eu fazer uma coisa destas e conseguir ter sexo de jeito. Mas sexo só mesmo contigo, é difícil esperar mas por outro lado há uma certa beleza nisso. Mas foda-se 3 anos é demais, mesmo masturbando-me. Nem me anda a apetecer masturbar-me, quero sexo! Quero que me toquem, quero sentir. Quero que me desejem. Quero que me digam isso. De forma bem ardente! Mas basicamente quero isto de ti. E de ti quero mais, muito mais. Entendes-me? Somos amigos mas eu quero o teu amor, para poder provar o sabor do amor de alguém porque aqui ninguém me ama. E tu podes amar-me rapaz, podes estar sozinho na noite e vires ter comigo num abraço comprido, que oferece a substância da tua linguagem. E o teu amor é gritado aos quatro ventos, para que cá dentro tudo saiba que me amas. Vem nessa noite então, amando-me. Beijo paisagem d’ouro.