terça-feira, 4 de janeiro de 2022


Era uma grande saca de dinamite esperando uma explosividade maior, uma daquelas explosividades que faz eco nos ninhos das serpentes e deixa cicatrizes funduras na terra. A dinamite pôs-se num sítio improvável para captar o melhor momento da sua ação e traz zás aí foi ela incandescente na procura de minérios nas rochas, encontrou acima de tudo tesouros acantoados em segredos bem preservados por um tempo recheado de histórias fantásticas.


 

Vejo em ti uma fortuna de vibração que se unifica com o meu pestanejar de vida, na seta certeira formamos uma iguaria espiritual que traz até nós uma cascata de velas avantajadas por um vento sul que é lume dos nossos dias.


Escrevo os dias que embelezamos com uma constelação em flor no peito, ofereço-te cada estrela murmurando-te cada cantar de pétala, sorrio ao dizer-te a abundância que guardei minha para ti, sou orvalho de mil madrugadas para enriquecer a tua vida.

Quisemos ser mais e irrompemos na abertura dos corações de matéria espiritual, somos momentos de melodias acasaladas que se passeiam por lugares despertos do calor que vem da alma, na infinidade das nossas palavras capturamos o verbo amar.