domingo, 20 de março de 2011

Na euforia do ser acordei todos os circuitos e soltei-os em cavalos sobre a erva mal varrida. A terra mexeu-se em erupção e voaram árvores cadentes. Fui apanhar os seus frutos e estes tinham comido o sol.
Bem rapaz, pôs-se um calor do caraças! Fui às compras de camisola interior e camisola de lã (menos mal que era fina). A sorte é que tirei os collants porque senão era mesmo o fim do mundo. Fui comprar umas roupitas com a minha mãe àquele centro comercial tenebroso: o Colombo! Às vezes tem de ser. Como é que te vestes? Tens estilo? Espero bem que sim, quero um gajo estiloso ao meu lado. Eu não sou de todo estilosa, até sou bastante desmazelada, é o que se arranja. Estou a dar em maluca a rever os poemas, nem sabes o trabalho que isto dá!!! Pedi ajuda à minha mãe e à Ana, vamos lá ver. Ainda tenho cerca de uma semana. Tu que percebes tanto de poesia (eh, eh, eh) bem me podias ajudar. Acho que é fácil fazer a passagem rimada não rimada, a não ser que sejas mesmo muito resistente. Não dá paciência gente teimosa! Com a minha influência “através do pensamento” tens lido mais poesia? Não rimada? Isso era mesmo divino. Então e o último feitiço, teve algum efeito? Aquilo era potente, espero que o tenhas sentido em grande. Caramba, não há maneira de me fugires, mais tarde ou mais cedo hás-de ser meu! A tua estrada só tem um destino: EU! Aqui vai o último poema que escrevi hoje, muito positivo, e beijo água florescendo:

Olhei em volta
E reparei que as árvores tinham
Crescido demais
Ou era eu que tinha ficado na infância?
Então corri pelos campos em alegria
Quis apanhar as migalhas dos pardais
E ficar de braços abertos ao sol
Contando-lhe os meus sonhos
Nunca foi de noite
Porque nunca fechei os olhos
Porque esse era um dos meus sonhos