quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esqueci-me de um evento importante: o Jantar Leal no dia 5 deste mês. Foi num dos meus restaurantes preferidos, a Adega do Duque, onde comi a deliciosa Açorda de gambas. Estavam lá os meus grandes amigos: Tiago, Ana, Inês e Luís. Estivemos a falar sobre tudo, passado, presente e futuro, essas conversas que dão pano para mangas, foi muito animado. Depois fomos ao Bairro Alto, diverti-me bastante, passeio para aqui, passeio para ali, eu estava mesmo feliz. No final fiquei eu, a Ana e o Luís com as nossas conversas existencialistas. Depois fomos para o Cais do Sodré ver a magnífica Fabiana, uma striper de renome. Ela ia pegando fogo no final. Só me apetecia ficar lá a dançar mas tive de me ir embora por causa das boleias. Grande noite!


(Vincent Van Gogh, "O Casal")
Estou para aqui sem nada para fazer…a não ser fumar uns cigarros. O aquecedor está aceso e a minha gata Namú está deitada ao pé dele. Os meus pais estão deitados. Estou a ouvir Kasabian. Não se passa nada. Não escrevi nenhum poema hoje, o que é uma desgraça para a minha fase criativa actual. Estou para aqui sem fazer nada e resolvi pensar em ti. Para mim é normal, já estou habituada. Mas tu nem deves estar nessa, não é? Deves estar com uma tipa bonita ou a piscar o olho a uma tipa bonita, está-se mesmo a ver. Digo-te já que estás muito bem. Estavas um bocado abatido naquela noite, certo? Conversa para aqui, conversa para ali, envolves-te com a confidente. Mas não teve nenhum significado. A chamada queca de uma só noite. Talvez penses raramente que foi divertida. Para mim isso não chega. Mas eu acho que não estavas bem comigo. Eu sou muito problemática. Não tenho onde cair morta e sou uma pessoa muito torturada. Não sou independente financeiramente (vivo de uma espécie de esmolas), e não bato bem da cabeça. Porquê? Já caiu muita merda em cima dela. Depois sou muito complexa. Portanto, é muito difícil lidar comigo. É quase impossível. O outro quase fica louco. Por isso é que nenhum dos meus namorados ficou ao meu lado. Pessoas com dois dedos de testa. Vivo numa escuridão cerrada. E esgano os pequenos passarinhos esvoaçantes. Não acredito em nada, apenas o Absurdo faz parte da minha vida. Para que é que irias querer uma pessoa assim ao teu lado? Só se fosses doido varrido. Não me parece de todo o caso. Não queiras ficar comigo, eu vou fazer a tua vida num Inferno! Eu que fique obsessivamente a pensar em ti até passar, há-de passar um dia eu sei. Não pode durar para sempre. E tu estarás na tua vida com a tua tipa bonita. É razoável, não? Tudo no seu lugar. Pena que eu goste de ti, não te consiga esquecer faz 2 anos e meio e me importe se estás com outra pessoa. Nem sequer sei que tipo de gajo seria mais adequado para mim. Mas tu és tão novinho. Às vezes penso que preciso de alguém mais velho, com mais experiência de vida pelo menos. Estou sozinha há tanto tempo, às vezes não sinto falta de alguém. Percebes? Nem tua. Mas como tu também não sentes a minha…Podíamos só pensar um no outro e mais nada. E cada um tinha a sua vida. Nos intervalos pensávamos um bocadinho um no outro e havia uma ligação. Eu, como obsessiva, pensaria mais. Tu serias mais moderado. Era bonito…