quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Olá rapaz. Faço anos hoje.

Guess what? Não estás aqui.
Parabéns! Não há muito para celebrar, mais enfim. Está quase a acabar mais um ano de resistência às adversidades da vida. Pouca resistência porque as forças já não são muitas. Parabéns por te aguentares, apesar de tudo. Isto resume-se tudo a aguentar-me. Parabéns por não perderes a cabeça. É tão difícil conseguir manter-me à tona quando quase tudo puxa para baixo. Não há muito para celebrar porque a minha vida tem sido um pesadelo. Há poucas flores no meu caminho. E o caminho em si não me leva a lado nenhum. Antes o meu futuro era uma incógnita, eu não sonhava com nada em especial, mas tinha o sonho dentro de mim, agora o sonho morreu. Eu quero mas sei que não posso. Não posso dar-me ao luxo de sonhar. Não serve para nada de qualquer maneira. Aliás, é uma facada no coração. Não se pode ter, não se pode ter, aceita-se. Até poderia dizer parabéns por existir, mas não é coisa que me apeteça muito na maior parte do tempo. Muito depressivo este post para um dia de anos, não? Mas também não há grande alegria em mim.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Rapaz. A ver se nos entendemos, eu estou farta de ti! Farta, compreendes?! Infernizas-me a vida. Sempre na minha cabeça. Não consigo fazer nada sem que tu estejas lá. Persegues-me! É assédio! Estou fartinha até às pontas das raízes dos cabelos! É insuportável! Deixa-me em paz! Eu tenho outra pessoa na minha vida. E não posso estar a meter-te no meio. Tens de desaparecer, entendes?! Pôr-te a milhas. Evaporar-te. Ir à tua vida. Bem, na verdade tu já estás na tua vida, o problema é meu. Só queria dizer-te que já não posso contigo, fazes-me alergia. Não posso culpar-te porque estás lá ao longe a fazer a tua vida e não tens nada a ver com esta parvoeira toda. A culpa é toda minha. Eu é que me deixo afectar por esta história desta maneira. Estou farta desta história, fartinha. Há limites. Esta história não tem pés nem cabeça. E faz-me mal à cabeça. Sendo bastante directa: fode-me completamente a cabeça! Tudo isto é doentio. Entendes que eu estou doente à conta desta história? Como é que se pode falar em amor se tudo não passa de uma doença e eu só quero que ela passe. Estou farta de ti. Estou farta de pensar em ti. É tão cansativo pensar em ti, é sempre a mesma coisa. É tão vazio. Não há nada em ti, só uma noite. De que é que isso vale? O que é que tu vales? Nada. Porque não pertences à minha vida. Não estás comigo, está tudo dito. Nem sequer sabes que eu existo, eu não importo na tua vida. O que é que eu valho para ti (fazendo a pergunta ao contrário)? Nada. Sabes que mais? Eu até valho a pena. Talvez não para um miúdo palerma como tu. Sim, porque todo aquele teu comportamento na casa pode ser considerado bastante infantil. És uma sanguessuga. Estou muito revoltada com esta situação toda. Não faz sentido a importância que tens na minha vida. Mas eu sei que há quem me esteja a fazer uma lavagem cerebral para ajudar à confusão. E eu nem percebo porquê, deve ser para me prejudicar, para me pôr mais avariada da cabeça. Só mais uma vez para me sentir um pouco melhor: estou farta de ti!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rapaz…Sabes que faço anos para semana? E tu não vais lá estar. Que tristeza. 33 anos. Começa a ser muito ano. Quando eu te encontrar já devo ter 36 anos. Até mete medo. Aos 36 anos já devo estar acabada (risos). Disseram-me que tenho medo de ti porque tenho medo que não gostes de mim o mesmo que eu gosto de ti. É verdade. Vê bem, ainda nem nos conhecemos e eu já te sou tão dedicada. Diz-me lá como é que vais igualar isto? Pois é, meu querido, se calhar não és do meu campeonato. És um tipo normal, com comportamentos normais. Vais-te assustar com tudo isto. Olha para mim, levei com esta história toda em cima, esta maluqueira e sobrevivo. Às vezes complica-me muito a cabeça mas já interiorizei que isto é como é, aceitei. Aprendi aos poucos a lidar com a situação. Toda a gente acha que eu sou maluca, mas eu sei bem que não e é isso que interessa. Às vezes dou em maluca, o que é diferente. Mas se a ti te vai assustar a mim não me assusta, nem nunca me assustou. Aliás, até acho uma história bem bonita, apesar de ser uma tortura ter de esperar. Seu medroso! Não tens vergonha de não te entregares sem medos à mulher que amas?! Esperava mais de ti. Vais deixar-me numa posição muito difícil. A minha auto-estima é uma merda. Se me dás para trás eu morro de tristeza. Se começas com muitas complicações, dúvidas, eu passo-me, deixas-me à toa, arrastas-me para uma angústia terrível. Não me faças sofrer, eu sei que isto tudo pode parecer assustador mas eu explico tudo. Não é tão mau como parece, pelo contrário, é maravilhoso. Vais ver que depois até gostas. Vais ver que até vais gostar de gostar de mim. Mas diz-mo logo rapidinho. Beijo solar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A minha amiga Ana fez anos e houve uma festa porreira em casa dela no fim-de-semana. Ofereci-lhe este poema:

O teu cabelo regressa
De uma viagem ao vento
E toca os teus lábios para lhes revelar
A imagem aberta do céu
No teu íntimo desejas existir
Com a paixão de uma estrela
Conquistando a sua luz
É necessária a tua presença
Para cantares os versos
Aqueles onde dormes ao relento
Onde respiras o fruto mais puro
O teu gesto invisível, encostado ao silêncio
Acorda para ir tocar os dedos
De quem te ouve
Estremece o ar
E frente ao teu olhar abrem-se
Ruas com coração de fogo

Contra a minha vontade ela disse o poema à frente de toda a gente, ainda eram umas quantas pessoas. Eu estava tão envergonhada que fugi para a cozinha. Bateram palmas e tudo. A seguir a Ana disse o poema uma segunda vez. Ter protagonismo é um bocado estranho. Gosto muito do poema, acho que é perfeito para ela e está bem escrito. Se calhar o teu braço sobre o meu ombro também é perfeito. E para não dizeres que não tens direito a nada aqui vai um poema também para ti:

Há um cesto de canções
Desperto pela procura
Da brisa do amor
Queria dizer-te que te guardo
Nas gotas do mar que apanho
Para envolver o meu peito
Os gestos que nascem em mim
Amanhecem só para te tocarem
As estações despem-se
Acariciando a única razão
Que és tu

Claro que está super romântico, como podes ver. Mas não comeces com ideias, é simplesmente um poema. E os poemas exageram. Mas às tantas já não sei: tudo o que sinto por ti é também um exagero. Entendes? E faz-me sorrir durante o dia, sorrir muito. E às vezes até me rio, um riso aberto. Achas que te amo? Gostava de saber a tua opinião? Porque eu penso nisto algumas vezes. Vamos ficar juntos, entendes? É normal que nos amemos. A questão é quando é que nos vamos amar? Em relação a ti só posso contar com isso quando nos reencontrarmos. Agora eu aqui feita parva à espera…Estão a fazer-me uma lavagem à cabeça. Pode-se dizer que eu sinto uma amizade por ti. Unicamente? É uma bonita amizade então. De grande proximidade. Eu espero que venhas e que arrebates o meu coração. Mas neste momento o meu coração não te pertence. Claro que é fodido escrever poemas para ti, há um certo descontrolo, desorganização dos sentires. Tudo se baralha. Não tenho uma pessoa há tanto tempo…Apesar de seres um ser ausente, acabo por me centrar em ti. E depois espera-me tanto tempo, tanto tempo para aprofundarmos a nossa amizade (risos). Beijo licor.

terça-feira, 19 de outubro de 2010




(Emil Nolde)
Hoje fui ver o documentário “Gateiras” dos meus amigos Tiago e Ana. Aposto que ias gostar tanto dele como eu. A seguir uma grande festança cheia de gente, tão bom. Aposto que te ias dar bem com toda a gente. O Tiago disse-me para eu aceitar a tristeza, para eu deixar-me estar triste. Na verdade parece-me inevitável eu estar triste e tudo me doer, portanto é deixar sentir essas coisas naturalmente. Sinto que tão depressa as coisas não vão mudar, tenho de ser paciente. O termo que aqui se aplica é ser resistente. O que é muito difícil quando a pessoa já está tão cansada. Não tive um minuto de sossego desde que isto tudo começou. Que Inferno! O conselho do Tiago pareceu-me muito acertado, acalmou-me um bocadinho. Não posso começar a atacar-me porque eu não sou culpada, nem nunca fui culpada. Se soubesses o quão difícil é lidar com isto tudo rapaz. É uma parte minha a puxar para cima, a outra a puxar para baixo. E a que puxa para baixo é com muita força porque algo com ainda mais força ainda a puxa mais. Esse algo é a tortura onde vivo todos os dias. Mudando de assunto. Tens-me feito falta. Ando a fazer amor contigo, o que é uma vergonha, dado que a nossa relação é suposta ser uma relação apenas de companheirismo. Uma réstia de paixão? Bem, pode ter a ver com o facto de eu não ter sexo com ninguém há algum tempo. Enfim, que se lixe. Mas olha, eu gosto muito de ti. Queria que soubesses isso, mas mesmo a sério. Tipo não sei onde estás, o que estás a fazer, mas gosto muito de ti. Não há muito a acrescentar. Quer dizer, eu conheci-te numa noite e gostei quase instantaneamente de ti, nunca te esqueci, penso constantemente em ti desde aí. Gosto de ti, não é? Porque tu és especial, como outras pessoas são especiais para mim, e vieram até mim de formas especiais. Não penses que és mais especial do que as outras pessoas. Mas vê como preciso de vir para aqui contar o meu dia, desabafar contigo, falar sobre a nossa relação (e tanto que eu falo dela). Há quem ache que eu te amo. Eu acho que não porque para isso era preciso eu conhecer-te, estar contigo, essas coisas todas e nós só passámos uma noite juntos e eu nem me lembro do que dissemos, só me lembro da parte carnal. Não é possível amar uma pessoa nas circunstâncias em que estou, isso seria uma história de encantar muito bonita, mas nós vivemos no mundo real. No mundo real as pessoas amam-se, encantam-se estando uma com a outra. Nesta distância de desconhecimento o amor é uma ilusão. Nesta distância de desconhecimento não faz sentido falar em amor. Não há uma única palavra. Não há um único toque. Silêncio. Não te posso amar, não sei quem tu és. Não se ama assim. Não é possível. Ama-se com o carinho de várias noites. E tu nunca estás comigo, apesar de eu te chamar. Beijo pirata.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rapaz, diz que queres os meus braços porque, embora eu deseje os teus braços para me abraçarem, também quero sentir que te estou a abraçar com força. Davas-me o teu corpo e eu sentia todos os seus contornos enquanto o ia apertando. O que te dizer? Tudo o que eu quero é ter-te ao pé mim. Não sei se compreendes-te: ama-me!, vira o meu mundo ao contrário. Vira-te para mim e ama-me. Consegues dar-me cabo da cabeça quando eu só quero a certeza do teu amor. Porque os meus sentimentos não interessam para o caso, eu só preciso de me sentir amada. Eu não preciso de amar de volta, basta gostar de ti, sentir um grande carinho por ti. Porque é isso que me inspiras. Já passou tanto tempo desde aquela noite que a paixão deu origem a uma certa familiaridade. Na verdade, nesta fase da minha vida eu tenho uma grande necessidade de ser amada. Eu caía nos teus braços tão rapidamente…Gostavas que eu te amasse de volta? Beijo água doce.

domingo, 17 de outubro de 2010

Quero-te tanto rapaz. Quero as tuas mãos nas minhas. Quero o sossego da tua canção. Nada não tem sentido e os cortes sangram. Há tesouras nas minhas mãos que cortam profundo. Agarra-me. Sê a minha pulsação. Sê tudo em mim. Não me deixes sofrer aqui sozinha no meio da escuridão. Ama-me. Faz o que quiseres, mas ama-me. Porque eu preciso tanto do teu amor. Preciso e preciso e isso faz todo o sentido, nada mais faz sentido. Beijo chocolate quente.

sábado, 16 de outubro de 2010

Olá rapaz. Ainda bem que falo contigo, foi um dia muito triste este. Cada vez é mais difícil levantar-me da cama, mas hoje custou mesmo. Tinha de trabalhar, mas não fiz nada o dia todo a não ser amaldiçoar a minha vida e chorar. Já estou há tanto tempo nesta vida que não faz sentido nenhum…Já me arrasto há tanto tempo nela…Não encontro um emprego, sinto-me uma inútil, esta história do desemprego já dura há tanto tempo. Depois as outras actividades que arranjei foram uma frustração, acabei por ser dispensada ou por desistir delas. Depois oiço gritos, muitos gritos, e no fim acabo eu também por gritar, tudo isso faz-me mal ao coração. Hoje mais uma vez ouvi gritos, mais uma vez gritei. E parece-me que entre os meus gritos de “não me grites!” também estão os gritos “tirem-me deste inferno!” Acordei com uma ligeira dor de barriga que ao final da tarde piorou. Não é a primeira vez que sinto estas dores. Tenho o estômago às avessas, acho que é do sistema nervoso. E voltei a fumar, não aguentei. Deves compreender rapaz que estou numa pilha de nervos. Transcrever entrevistas sempre foi uma das coisas que mais odiei fazer. E estar fechada em casa sem ver ninguém a fazer isso é uma verdadeira tortura. Não quero sair da cama porque não quero existir. O que me espera? Estou num buraco sem saída, é o que sinto. E passo tanto tempo sozinha, é desesperante. Sabes, nesta situação desesperante em que estou não costumo chorar mas hoje não aguentei, acho que não deve ser muito bom sinal. Deve querer dizer que estou mesmo farta, que já não aguento mais, que estou caída no chão. Estou tão farta rapaz. E depois não há salvadores. Sabias? Ninguém te vem salvar. Dás à praia morto. Talvez depois te levantes. Pergunta-me, eu conheço bem demais esta história. Neste momento só preciso de uma coisa: um bom emprego. Sim, convém que seja bom senão voltamos à história das frustrações. Eu podia ter sido socióloga, ora se eu não tenho jeito nenhum para aquilo…Eu podia ser o quê? Eu até tenho vontade de rir…ora eu tenho jeito para o quê? Não faço ideia rapaz. Talvez aquando do nosso encontro eu já tenha descoberto. Espero bem que sim, senão é a minha desgraça. Chorei muito e tu não estavas aqui, fizeste falta, teria sido muito bom chorar no teu ombro e depois teres ido buscar um lenço de papel para eu me assoar. Teria sido bom ouvir-te dizeres-me palavras ternurentas que acabariam depressa com as lágrimas. Um abraço dado que cuida no íntimo. Somos tão próximos rapaz. Vê como eu te falo de tudo da minha vida. Vê-se que eu gosto muito de ti. Retomei este blog só para poder falar contigo. Fiz um intervalo para comer. Estava a dizer que gosto muito de ti rapaz, é verdade, não posso negá-lo, embora às vezes comece com parvoíces. Estou a sentir-me tão miserável, gostava tanto que estivesses aqui agora, que viesses cá dormir. Só dormir, assim agarradinhos, todos queridos. Deixavas-me queixar um bocado e depois contavas umas coisas divertidas da tua vida enquanto eu adormecia. No dia seguinte levavas-me o pequeno-almoço à cama e fazíamos amor assim do nada, mas sem entornar o leite com café. Depois ficávamos juntos para sempre. E no meio casávamo-nos com direito a alianças bonitas. Não te rias desta parte porque eu gostava muito de me casar. É um grande desejo meu. Talvez fale melhor disto mais adiante. Depois de escrever tudo isto sinto-me melhor. Estou a fumar um cigarro e vou para a caminha. beijo leite entornado (risos)



(Claude Monet)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Só um comentário: hoje fartei-me de pensar em ti, acredita que pensei mesmo muito. Estou cheia de saudades tuas, mesmo muitas. Queria-te tanto ao pé de ti, é tão triste estar sem ti, mas ao mesmo tempo também me rio ao pensar naquilo que te vou dizer, nas possibilidades do que irá acontecer. Estive a pensar no sorriso que tinhas feito quando me falaste das bocas e dos olhos nas janelas, lembro-me, embora vagamente, que era bem bonito, irradiava pela sala. Só quero vê-lo de novo…
Tenho a dizer-te uma coisa: estou-me a marimbar para uma relação harmoniosa, de grande crescimento, que me dê tranquilidade e segurança. Eu quero uma paixão arrebatadora, que me tire os pés do chão. Quero um amor que me faça viver todos os sentidos em danças iluminadas e dê os meus gestos todos a quem amo como se tratasse tudo de raízes minhas. Quero receber a alegria do outro saindo do seu terraço para me ir apanhar, amando-me como explodem os frutos queimando no Verão. A harmonia é para quem tem tempo, porque aqui é preciso saltar de telhado em telhado e não há tempo para fazer pausas nas telhas. Até porque a harmonia não tem movimento, às tantas fica em silêncio. O grande crescimento é para as crianças, aquilo que deve crescer é o aprofundar do amor, tudo o mais é conversa fiada de revistas para mulherezinhas sem nada para fazer. A história da tranquilidade é a mais divertida. Eu preciso precisamente do oposto, esta é para me deitar ao chão e rebolar a rir. Segurança pronto, um bocadinho sim, não faz mal claro. Vem com o pacote. Portanto, estamos falados. Percebeste a cena? O que eu quero? Uma paixão brutal e um amor extasiante. Achas que estás à altura? Ou só a harmonia, o grande crescimento, a tranquilidade e a segurança? Olha que eu deixo-te, não duvides. Eu quero viver um amor a sério. Ou és tu, ou há-de ser outra pessoa. Desculpa a frontalidade, mas é mesmo assim. Achas que pode ser uma relação de amor muito apaixonada? Bem, tenho de ir para a caminha e levo um bocadinho de ti comigo. Beijo demorado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Olá rapaz, bem disposto? Sabes o que é que eu ando a fazer agora? Saio à rua e cravo cigarros às pessoas porque estou mesmo à rasca nesta minha ressaca tabagista. Mas isso vai acabar porque eu tenho vergonha e além disso nunca mais deixo de fumar à séria. É como contigo, faça o que faça parece-me que nunca vou conseguir deixar-te à séria. Acho que já nem vale a pena tentar. O tabaco é importante deixar, faz mal para caramba. E tu? Já somos tão próximos, não é? Tu não queres que eu te deixe, pois não? Ficavas destroçado. No teu íntimo sim, eu sei que sim. Embora não o demonstrasses, eu sei que sim. Eu sei que sou a tua gaja, um dia destes disseste-me isso. Resta saber se tu és o meu gajo. Isto não é assim rapaz, não chegas aqui e é tudo teu. Para já nem sabes se eu estou “disponível para amar” (nome de um filme que eu nunca vi). Posso não estar. Posso estar a passar por um período de reclusão. Certifico-te que não estou. Mas posso não estar disponível para te amar a ti. Vê bem a quantidade de pessoas no mundo amáveis. No filme “Disponível para amar” Vasco Câmara questiona sobre os dois personagens: “será que eles se amam; ou será que eles inventam tudo?” Pois eu tenho de pensar muito a sério sobre esta última possibilidade no que diz respeito a nós os dois, até que ponto os meus sentimentos não serão uma invenção minha? Não viverei uma mentira dia após dia? Isso põe em causa uma parte de mim, porque a minha vida emocional não pode andar nestes tumultos. Sempre tive muita imaginação e quando ela se dirige para a história do príncipe encantado faz milagres. Venha ela, fantasia, invenção…E sabe-se lá do teu lado, na volta estás com o braço em cima do ombro de uma tipa qualquer. Nem sabes o que queres. Eu quero ir dormir e quero que venhas meter-me na cama. Beijo mar a arder.

terça-feira, 12 de outubro de 2010





(Edvard Munch, "Cupido")
Rapaz, rapaz, o que andas a fazer a estas horas por aqui? Pairas por mim durante todo o dia, mas eu já estou tão cansada que às tantas já não me importo. Quando leres isto deves achar que eu sou realmente louca. Como é que uma noite pode dar a volta à cabeça de uma pessoa desta maneira? Ou melhor, como é que tu tiveste este efeito sobre mim numa só noite? Conversa do msn: como arranjar sexo pelo sexo. O meu companheiro de sempre diz-me que eu tenho de sair. Eu pergunto se andar de autocarro serve, ele diz que sim: “encosta-te a eles...respira-lhes profundo no pescoço e espera pela reacção...podes é ter uma reacção menos agradável... ou então se fores descarada, pergunta mesmo no ouvido se eles querem dar uma...e espera pelo que dizem...” Tinha piada eu fazer uma coisa destas e conseguir ter sexo de jeito. Mas sexo só mesmo contigo, é difícil esperar mas por outro lado há uma certa beleza nisso. Mas foda-se 3 anos é demais, mesmo masturbando-me. Nem me anda a apetecer masturbar-me, quero sexo! Quero que me toquem, quero sentir. Quero que me desejem. Quero que me digam isso. De forma bem ardente! Mas basicamente quero isto de ti. E de ti quero mais, muito mais. Entendes-me? Somos amigos mas eu quero o teu amor, para poder provar o sabor do amor de alguém porque aqui ninguém me ama. E tu podes amar-me rapaz, podes estar sozinho na noite e vires ter comigo num abraço comprido, que oferece a substância da tua linguagem. E o teu amor é gritado aos quatro ventos, para que cá dentro tudo saiba que me amas. Vem nessa noite então, amando-me. Beijo paisagem d’ouro.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Rapaz, rapaz. O que andas a fazer por aqui…Hoje andei a pensar em ti. Em ti e noutro gajo, sonhava acordada que te deixava por outro gajo. Estás a ver a parvoeira. Bem, se calhar até era um alívio para ti. Acabei de fumar outro cigarro, vê tu bem. Lembrei-me que tinha um cigarro algures na secretária, um Águia, que um tipo me tinha dado para experimentar. Não resisti, mas é o último, prometo. Achas que eu te trato mal? Se calhar às vezes sou um bocado bruta. Peço desculpa, não é minha intenção de todo. Esta situação toda complica bastante o meu sistema nervoso, tens de entender. Ninguém a entende porque as pessoas não fazem um grande esforço para se porem na minha situação, nem sequer acreditam nesta história. Estou sozinha contigo, somos só nós dois. Bem, tu és a minha fantasia, faz de conta que estás comigo. Faz de conta que estás agora ao pé de mim e me perguntas se já estou melhor do estômago porque acabei de passar 20 minutos enfiada na casa de banho cheia de diarreia (verdade). Faz de conta que és um amigo maroto e me dás um beijo na boca “sem querer”, e ris-te. Enquanto te ris e não te ris eu já estou em cima de ti e a tua boca já está coberta pela minha. A tua sweatshirt salta num instantinho. Eu percorro o teu peito com a minha língua desejosa até tu estares muito entusiasmado entre as calças (risos). Ai saltam as calças e a minha boca assalta o que há para atacar. Mas não penses que avanço muito…Bem, depois eu convido-te para um chá de Jasmim. Vê bem como isto parece andar para a frente e para trás, falo da nossa relação. Não se define muito bem. E depois do teu lado, não sei o que tu queres. Se me quisesses…Se a tua fantasia me quisesse. Eu posso manipulá-la, eu sei. Eu posso fazê-la amar-me, se quiser. Eu posso fazermo-nos dançar juntos ao ritmo de qualquer música. Eu posso tudo contigo. Nós podemos dominar o mundo! Pronto, já estou a raiar a loucura. Mas, apesar de seres meu amigo, posso dizer-te que: quero-te! Tu respondes: eu também, muito! E cada um vai dormir para sua casa muito feliz. Beijo passeio longo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Dia chuvoso, passado a trabalhar. Momento prazeroso, cinema, filme: “Tamara Drewe”, um retiro literário para vários personagens no meio do campo. Era o que eu precisava, escrever poesia no meio do campo a sério, no meio das vacas. Bem, o que eu precisava mesmo era de uns braços quentes agora, começa a ficar frio e este quarto está um bocado frio. Ontem usei pela primeira vez o meu saco de água quente. Já te tinha avisado que era muito friorenta. Dormi muito bem, ao contrário das outras noites. É assim, cada um vem com os seus defeitos de fabrico. Quais serão os teus? Bem, tenho de te desejar as boas noites porque estou cheia de sono. Beijo gatito.

sábado, 9 de outubro de 2010





(Odilon Redon, "Two young girls among flowers")
Hoje está a chover tanto, estamos mesmo no Outono. Neste dia melancólico tenho saudades tuas. Pode ter-se saudades dos amigos, muitas saudades, especialmente daqueles que já não se vê há muito tempo. Quando apareceres queres ver um pôr-do-sol comigo? Lembrei-me disto agora porque está este tempo de merda. Não se vê nada, eu não vejo nada. Um pôr-do-sol era uma visão maravilhosa, não resolvia a minha vida, mas certamente iluminava-a. Mas não me apetece fazê-lo sozinha. Acho que serias uma boa companhia. Hoje havia um exercício na Cambridge chamado: “Getting to know you”. Uma das perguntas era: “qual foi o único melhor momento da tua vida?”. Eu respondi “foi quando conheci o Francisco”, mas tive algumas dúvidas, também podia responder: a noite em que conheci o rapaz. Depois disse também que a minha maior ambição era tornar-me uma grande poeta. Respondi igualmente que uma das viagens que mais queria fazer era a Amesterdão para ir ver as pinturas de Van Gogh. Talvez pudesses fazer essa viagem comigo. Mas porque hás-de fazer qualquer viagem que seja comigo? Deves ter companhia mais do que suficiente para as tuas viagens, eu seria um estorvo. Eu, aliás, na tua vida, seria um estorvo, na tua vida completa o que estaria a fazer? Estaria sempre a mais. Porque sou eu que te persigo como uma louca, se tu soubesses só te querias pôr a milhas. Eu compreendo, eu faria o mesmo, dizia-me: é melhor pirar-me o mais rapidamente possível, este tipo é completamente apanhado da cabeça! Para que é que tu querias uma tipa a bater mal da cabeça, além disso? Pareceste-me tão certinho. E uma miúda que não vai a lado nenhum, qual é o interesse? Soma-se tudo e tens uma mão cheia de nada. Bem, de qualquer maneira tenho saudades tuas e isto aqui não é a mesma coisa sem ti. Hoje encontrei um maço de tabaco cheio num buraco qualquer aqui do meu quarto e não me aguentei, fumei um cigarro. Depois fui a correr deitar o resto para o lixo. Nem imaginas a vontade com que fiquei a seguir de voltar a fumar depois do esforço que tenho feito, burra, mas soube-me tão bem. Dás-me um beijo especial, só uma pequena recaída?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Olha amiguinho, ando um bocado deprimida, só me apetece ficar na cama a dormir e ando a arrastar-me para cá e para lá. A ideia é: “não estou com muita vontade de existir”. Como meu amigo podias dar-me algum apoio, se estivesses aqui. É sempre se estivesses aqui…O que é que te custava, como meu amigo, vires aqui um bocadinho, estares aqui um bocadinho, ouvires-me um bocadinho? O que te custava encostares a tua mão à minha e dizeres-me que tudo ia correr bem quando ambos sabemos que não é verdade. Mas só o facto de estares aqui mudava todo o meu dia e por uns minutos enchias-me de esperança. Poderás dizer-me que outras pessoas poderão desempenhar bem esse papel. Mas porra, mesmo como amigo não deixas de ser especial para mim! És mesmo um gajo especial. Às vezes ainda penso em ti da outra forma, daquela mais ardente, mas lá tenho de me controlar. Às vezes é difícil. É chato, o desejo controla-me. É chato, os sonhos controlam-me. Mas foi melhor assim, vais ver. Deixas-me de me arrebatar com aquela tremenda força com que o fazias. Quem quer viver assim permanentemente? Já estava farta. Todo o Santo Dia contigo colado à pele. Até já pedia ajuda a Deus, embora não fosse crente. Rezava (esta parte estou a inventar). Estava a dar em maluca. E tu nem sequer estás aqui. Vê bem a loucura. E continuo nesta loucura, só quero que fales comigo, que me respondas. Gostava que me dissesses que também gostas de mim, que não estou nesta loucura sozinha…Quanto ao tabaco estou há 5 dias sem fumar, tem sido complicado, mas tenho-me aguentado, quando fizer um mês ficarei mais calma. O meu problema é mesmo a minha vida estar um caos. Os teus pais estavam quase a matar-te porque nunca mais acabavas o curso de Filosofia, então deves saber o que é que é ter a vida toda parada. Pois, a minha está assim, não avança para lado nenhum, sinto-me completamente encurralada. A minha vida é assim, bastante negra. Não queria acabar assim o post. Portanto, deixa-me que te diga que hoje no autocarro vi um tipo mais ou menos parecido contigo. Foi para os bancos detrás e eu passei o tempo todo a olhar para trás, a dar uma grande bandeira, só para o ver. Beijo cabine telefónica.



(Paul Gauguin)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Olá. Não te escrevi nada ontem porque estavas no meu congelador, bastante longe de mim, bem gelado, sem poderes chegar-te nem a um centímetro a mim. Decidi não levar até ao fim a simpatia que tinha feito para ti, acho que as pessoas não se devem ver livres assim das outras só porque têm problemas com elas. E acho que iria falhar de qualquer maneira, com ou sem simpatia. Mas eis que achei uma forma excelente de resolver o problema que tenho contigo: vamos ser amigos. Os amigos têm relações muito mais fáceis e escusamos de estar aqui nesta relação estranha em que eu nunca sei o que quero. Resolvi então ir buscar o papel que estava no congelador com o teu nome e retirei-lhe a agulha. Procurei um livro do Eugénio de Andrade ao calhas, e vê tu bem que era o número 28, quando abri uma folha ao acaso era o número 32 (também tem um significado especial, depois explico). O papel ficou dentro do livro, depois podemos ler o poema juntos, se quiseres. Por falar em amizade, por exemplo hoje estive com um amigo meu na esplanada do Adamastor a falaricar e a comer qualquer coisa. Podias ter sido tu, estás a ver, um amigo com quem se passeia naturalmente, sem stresses. Claro que não era um amigo que eu queria. Mas até me faltam amigos, portanto. Mas que raio de amigo é que podes ser, também ausente? A ver vamos…Por outro lado, já não posso fazer sexo contigo, compreendes? Tu não me dizias, mas se calhar até gostavas muito, para ti era a loucura. Se calhar vais ter saudades. Se calhar vais ter saudades que eu goste de ti de outra maneira. Olha, tenho de me ir deitar, já não te posso convidar para vires comigo. Para te atirares para cima da cama agarrado a mim. Boa noite amigo. Beijo desabrocha flor.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Olá. Agora estou numa de te esquecer. Parece-me ser tão difícil quanto deixar de fumar. Como está a correr essa parte, podes perguntar? Estou a subir pelas paredes, estou a ressacar como o caraças. Enfim, agora quero esquecer-te. Então, resolvi recorrer à magia, tipo magia negra (também há a branca, para ficares esclarecido). Há as chamadas simpatias que são rituais usados principalmente para as pessoas encontrarem um novo amor ou então “amarrarem” (é assim que eles dizem) a outra pessoa. No meu caso, eu estava à procura de uma simpatia para esquecer um ex-amor, tu. Existiam algumas mas, ou não as podia fazer por falta de componentes, ou porque davam muito trabalho, então inventei uma minha. Escrever o nome da pessoa em causa, que se quer esquecer, neste caso “rapaz”, num bocado de papel, espetá-lo com uma agulha de um lado ao outro e metê-lo no congelador. Depois de estar lá três dias, deitá-lo para o caixote do lixo dizendo: “com esta esterqueira te irás porque tu também és sobras na minha vida. Desaparecerás com o apodrecimento destes restos.” Sei que é muito forte, mas é suposto sê-lo para me ver livre de ti. Até deves ficar mais descansado. Mas vai ser difícil tirar-te do corpo, bem sei como já está a ser difícil lidar com a falta do tabaco. Não posso vacilar, nem contigo, nem com o tabaco. Escreve as minhas palavras: eu não irei fazê-lo. Já estou farta destas merdas, ai gosto, ai não gosto, pareço uma miúda. Caramba, estou a morrer por um cigarro, não fazes ideia do sofrimento desta merda. E era exactamente ao computador o sítio onde eu fumava mais, à maluca, cigarro atrás de cigarro. Descobri aqui o número da Linha SOS Deixar de Fumar e amanhã telefono para lá, para ver se eles me dão umas dicas. Pena que não haja uma Linha SOS Casos Desesperados Marteladas na Cabeça das Gajas Estúpidas que Têm de Se Ver Livres das Suas Obsessões Patéticas. Eu seria a “cliente” nº 1. Olha que alívio rapaz, já devias sentir-te tão sufocado com tudo isto. E agora de empreitada, boa noite. Beijo estoirando.



(Ando Hiroshige, "Moonlight")

domingo, 3 de outubro de 2010

Acabei de fumar o meu último cigarro.
Olá rapaz apoquentador. Hoje estou tão mal disposta, e ainda nem sequer deixei de fumar. Estive a embirrar com o meu pai sem nenhuma razão, toda irritadiça. Depois perguntava-me se faria o mesmo contigo, mas é normal que o faça, a pessoa nem sempre está nos seus dias. Só espero não exagerar muito, às vezes consigo ser verdadeiramente insuportável. Eu controlo o meu “mau génio” e tu tens um bocado de paciência. Mas mesmo nos meus piores momentos tem calma que não te parto pratos em cima. Posso é durante 10 minutos entrar em greve de sexo. No entanto já atirei por duas vezes com um prato para cima da minha irmã. Mas duvido que sejas tão insuportável como ela. Aliás, uma das vezes tudo aconteceu por causa do meu pai, ele estava a provocar-me, eu irritei-me à séria e a minha irmã, que estava à minha frente, levou com um prato de bacalhau cheio de azeite. No outro caso, eu estava sozinha em casa com a minha irmã e ela conseguiu irritar-me de tal maneira que eu pus um prato a voar durante 4 metros até aterrar nos pés dela. Outra experiência com pratos foi quando vivia sozinha, deu-me uma coisinha má e resolvi desatar a partir pratos contra a parede da cozinha. Mas este já era um grande sonho meu, pegar num molho de pratos e ir para um sítio deserto parti-los para descarregar o stress. Já estás com medo? Depois tendo em conta que tenho uma ligeira tendência para falar alto imagina quando me zango. Portanto, rapaz convém que a gente se entenda senão vamos ter problemas com os vizinhos. Credo pareço uma bruxa! Neste momento da minha vida não tenho muito jeito para dizer coisas bonitas acerca de mim mas sei que há. Talvez possas ver isso através da minha poesia.

Uma canção simples
Para chegar até ti
Pelos peixes que moram no interior das rochas
Que me mostram o vento
Que leva ao teu caminho
Brincam crianças na rua do teu bairro
Mas eu não sei qual é a tua porta
E fico sozinha na noite
Todas as cidades do mundo
Mantêm-se acordadas comigo
Esta canção simples
Não te desperta, amor?



Como não conseguia lembrar-me de nada para te dizer sobre mim fiz uma chamada relâmpago para o Luís para ele me dizer algumas qualidades que eu tinha: amiga, carinhosa, atenciosa, interessada, curiosa, divertida, bem-disposta, charmosa. Não está mal, hã? Eu acrescentava, tendo em conta este blog, muito romântica. É o meu lado Sara, aquela que procura o príncipe encantado. Ela e eu formamos uma parelha incrível, não nos calamos. Somos as melhores amigas. Claro que há os Outros todos, é a chamada Alcateia, Somos Todos importantes. Depois há aqui quem sinta o Amor. Chamam-se Jaime e Alexandre, estão apresentados, espero que isto não me comece a atazanar a cabeça. Mas por outro lado, estou bem protegida, há tanta gente que me vai apoiar que é impossível eu ser caçada por essa ideia do Amor. Vamos brincar à Alcateia? São jogos divertidos, com toda a gente a falar ao mesmo tempo, com palhaçadas e zaragatas, mas também com conversas sérias. Enfim, tu metido na Alcateia, não antevejo bons resultados. Só baralhas a minha cabeça… Já é muito tarde, por isso ficam já aqui as boas noites. Beijo macio.



(Stuart Davis)

sábado, 2 de outubro de 2010

Olá e boa noite. Venho do cinema: “Todos os outros”, era sobre um casal. Passei o tempo todo a pensar em nós, a diferença é que aquele casal tinha alguns problemas relacionais. Como seremos enquanto casal? Só falta um maço de tabaco para a minha vida acabar, mal acredito. Olha para mim…eu estou mesmo à tua frente. Porque é que não me vês…se estou bem perto de ti. Porque é que não me tocas…se o desejo tanto. Sempre os mesmos pensamentos, já deves estar farto (um dia que leias isto). Um dia que leias isto vai perceber o que é sofrer de verdade por não se ter quem se deseja. Vais perceber que sempre te quis muito na minha vida e que a tua ausência sempre foi uma tristeza prolongada. Não há forma de me livrar de ti. Já não consigo viver sem ti. Embora não te tenha. Não consigo viver sem a tua presença. Embora não estejas comigo. Assusta-te? A mim assusta-me porque é uma dependência muito grande. Preciso de vir aqui todos os dias, no fundo para dizer que gosto de ti. Assusta-me porque é tudo muito maior do que eu. Bem, já é tarde, tenho de ir para a caminha. Quero fazer amor contigo esta noite. A noite toda. Pode ser? Beijo trim-trim.