quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não percebes o que digo
Não sabes que estas palavras
São a minha fala
Aqui há um coração
Que bate nas mãos
Entra como fogo pelos
Meus olhos adentro
O corpo é um relâmpago
Sente tempestades
Música de compasso acelerado
Bebo cafés azuis
Passo dias a voar
Com as gaivotas
Sei desenhar os céus
Todas as cores
O meu riso ouve-se
Do outro lado do rio
Os meus gestos alimentam
As estações dos corpos
As minhas mãos
São livres como os campos
E tu não percebes o que digo
As palavras das folhas
A giravolta do pato e do cisne
A vastidão deste poema

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