domingo, 22 de junho de 2014

Existem ervas douradas que gostam de girar à roda do sol, têm cores variadas sempre luzentes pois ganham as cores que o sol pinta nas suas pétalas dançantes. O céu simpatiza com elas e envia-lhes raízes de pólen para enriquecê-las de sangue novo. Nada as deita abaixo, o vento respeita-as e, ao de leve, faz-lhes festas, sentido um enorme aprazimento ao poder ser delas por um curto instante. As abelhas, sendo da cor delas, sentem-se em casa e fazem viagens de barco buscando alimento nos seus ninhos. Quem sorri são sempre as outras plantas que se deliciam com a sua felicidade, fazem brindes com elas e jogam algumas tardes jogos de quando eram plantinhas e as pétalas ainda estavam semi fechadas. As ervas douradas pululam em cada lugar e em cada sítio pois são desejadas neles todos. E quando uma montanha nasce a primeira coisa a nascer nela são elas, elas são as convidadas principais. Tudo no mundo espera por elas, são elas quem cria uma parte do mundo. Elas são especiais porque não há quem dirija o sol daquela forma tão certeira que ilumina toda a vastidão.


Bernardo