domingo, 22 de junho de 2014

Existem ervas douradas que gostam de girar à roda do sol, têm cores variadas sempre luzentes pois ganham as cores que o sol pinta nas suas pétalas dançantes. O céu simpatiza com elas e envia-lhes raízes de pólen para enriquecê-las de sangue novo. Nada as deita abaixo, o vento respeita-as e, ao de leve, faz-lhes festas, sentido um enorme aprazimento ao poder ser delas por um curto instante. As abelhas, sendo da cor delas, sentem-se em casa e fazem viagens de barco buscando alimento nos seus ninhos. Quem sorri são sempre as outras plantas que se deliciam com a sua felicidade, fazem brindes com elas e jogam algumas tardes jogos de quando eram plantinhas e as pétalas ainda estavam semi fechadas. As ervas douradas pululam em cada lugar e em cada sítio pois são desejadas neles todos. E quando uma montanha nasce a primeira coisa a nascer nela são elas, elas são as convidadas principais. Tudo no mundo espera por elas, são elas quem cria uma parte do mundo. Elas são especiais porque não há quem dirija o sol daquela forma tão certeira que ilumina toda a vastidão.


Bernardo

sábado, 21 de junho de 2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Rabiosque

Era   uma vez uma centopeia que gostava de areia e lá ia toda ela aos bocadinhos  pelos grãos achando-se muito bela. Dizia que não rastejava, que ia a correr com as patinhas a arder. Estas faziam poesia com o seu caminhar, era vê-las a rabiscar em todo o lugar, palavras a rimar. Ela assinava com o rabiosque que, de tal forma elegante era, estava sempre em Primavera e nem uma sarda de idade tinha. Era portadora de uma grande fertilidade e existiam bichinhos seus por aqui e por ali, bichos igualmente céleres e dados aos rabiscos. Tinha pavor de ser feito isco, acabar comido como petisco não era de todo o seu excelso sonho. Uma centopeia que subia dunas feita escada com as suas passadas escorregadias e para si os dias nunca terminavam. Sabia sempre o que fazer, estava sempre ocupada e às vezes aparecia com a sua manada e eram mil patinhas a dançar.


quarta-feira, 11 de junho de 2014


Eu faço análises no Laboratório de Análises Clínicas Nova Era-Luz, Lda. Muito espiritual. Por isso é que nunca estou doente.

Simples amizade
 
Uma mulher era íntima favorita de um homem mas era coisa de simples amizade. Todos os dias existia uma conversa amável e ritmada por passos leves tida pelos dois compinchas numa passeata jubilosa pelo jardim. A vizinhança falava, falava, a coscuvilhice não tinha fim. Ambos viúvos, filhos já criados, uma bela estima entre os dois e tanto falatório. Nas esquinas tagarelava mais alto a inveja que subia o tom ao vê-los passar em seus familiares sorrisos. Um dia os seus sorrisos caíram em cima da coscuvilhice, do falatório e da inveja e fizeram com que eles se sentissem em dificuldades de moral.

Eu sou uma pessoa de relevo.


Sofia


As Patinhas

Era  uma vez  uma centopeia que gostava de areia e lá ia toda ela aos bocadinhos pelos   grãos achando-se muito bela. Dizia que não rastejava, que ia a correr com as patinhas a arder. Estas faziam poesia com o seu caminhar, era vê-las a rabiscar em todo o lugar, palavras a rimar. Ela assinava com o rabiosque que, de tal forma elegante era, estava sempre em Primavera e nem uma sarda de idade tinha. Era portadora de uma grande fertilidade e existiam bichinhos seus por aqui e por ali, bichos igualmente céleres e dados aos rabiscos. Tinha pavor de ser feito isco, acabar comido como petisco não era de todo o seu excelso sonho. Uma centopeia que subia dunas feita escada com as suas passadas escorregadias e para si os dias nunca terminavam. Sabia sempre o que fazer, estava sempre ocupada e às vezes aparecia com a sua manada e eram mil patinhas a dançar.


Faz tudo valer a pena, a vida é tão imensa.

 

Sabe bem a recompensa. Ser alegria e rir-me do cheiro do sol, do sabor da chuva.

Corre para a vida, senão ela murcha.

O que quer de mim a vida? Que eu seja esplendorosa como ela, brinque todos os dias.

Eu desejo que ela converse comigo horas a fio sobre o que é de aproveitar para eu o poder realizar.

sábado, 7 de junho de 2014

"The only time I feel alive is when I'm painting."


Vicent Van Gogh


Como o compreendo. É uma Liberdade. Chega, por vezes, a dar Paz de Espírito. A pessoa sente o sangue a correr nas veias, por vezes ferve. Mexe comigo escrever, tanto! De todas as formas possíveis. Fiquei sem computador uns dias e já estava a bater mal. Eu que não tenho quase nada, a escrita oferece-me, por vezes, quase tudo.


Sofia Sara
Acredito em Corações


Dizem que há corações grandes, por momentos vou acreditar. Vou acreditar com muita força. De tal forma que o meu coração se torna enorme e brilha em qualquer escuridão. Sou uma fogueira que te aquece e que te diz as palavras derramadas por um dia solarengo. Quero ser o teu sol e desejo que os meus raios sejam a tua alegria. O teu coração é grande, precisas de saber isso. Eu vou acreditar como quem acredita em monetinos. Porque, por momentos, eu vou acreditar que tenho um coração grande. Um coração desmedido que atravessa muitos e muitos campos. Que nunca dorme. Que te quer dar, a ti e a ti. E dá. Me acarinha, com todo o carinho pois também eu preciso do alimento do sentimento. Sei os gestos todos, as palavras todas para tos oferecer de coração feliz. Vou acreditar e há alturas que julgo que quero tudo isto.


Todos

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Amar: Amar é uma peça de fruta que se oferece, uma peça de fruta enorme, cheia da nossa vida. Amar é sermos nós na nossa essência, sermos a alegria que vive no nosso interior e espalharmo-la pelo resto do mundo. Amar é dar, o desejo de dar sincero e maravilhado por o sentir. Amar é ser um coração feito do brilho perfeito das estrelas. Amar é querer ir mais longe: plantar a árvore ao pé de ti.


Todos

domingo, 1 de junho de 2014

Dia da Criança: Vamos ser o que somos, crianças o tempo todo, aparecer de repente a correr debaixo do pó da terra por desenhar com os pés sujos, atirar serpentinas para cima das árvores de troncos esticados para o céu e balancearmo-nos nos baloiços para sempre. Olha, diz a menina: há um cágado a andar devagarinho e outro menino empurra-o como se os dois meninos pudessem crescer mais depressa. Risos e mais risos são escutados porque há uma festa que é uma descoberta diária e é sempre feita de paixões. Se eu fugir vens-me agarrar? E há tantas brincadeiras, como aquelas que principiam as canções, depois elas dançam em redor de fogueiras feitas no momento e vão desvelando os segredos que habitam nos sonhos.