domingo, 3 de agosto de 2008

Antigo

A arte já sabemos nasce
da imperfeição das coisas
que trazemos para casa
com o pó da rua
quando a tarde finda
e não temos água quente
para lavar a cabeça.
Tentamos regular
com açudes de orações
o curso da tristeza
mudamos de cadeira
e levamos a noite
a dizer oxalá
como se a palavra
praticasse anestesia.

("Nocturno", José Miguel Silva)

Carpinteira


Um Verão feliz num cavalo branco percorrendo a perversidade do silêncio nos montes antigos. O horizonte intenso aberto escutando as formas de todas as coisas. Oiço agora as perguntas, elas doem enquanto afundam o caminho. O rio aqui contínua feliz, de uma simplicidade única. Mas o equilíbrio foi suspenso, um espaço ressequido que sinto em ti, alguém que é a mão da violência. Perscruto as pedras com o sabor das minhas mãos e sorrio. Elas tornam habitável o desejo, como a brisa de uma praia livre para o alcance das águas. Nada fecha este espaço de inundação de céu inteiro.

Sara


Posso estar toda tiróidica, reumatóidica, pulmóidica, colesteróidica, etc., mas este mês vou dar-lhe com força! (Aqui fica sempre bem um "So Help Me God", mas acho que já fiz esta piada há uns tempos atrás...)

"A change of speed, a change of style
A change of scene, with no regrets
A chance to watch, admire the distance
Different colours, different shades

We'll share a drink and step outside
An angry voice and one who cried
We'll give you everything and more
The strain's too much, can't take much more
Oh, I've walked on water, run through fire
It was me, waiting for me
Hoping for something more
Me, seeing me this time
Hoping for something else"

(Joy Division)

Liberdade, Amor e Eternidade

Carpinteira

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