domingo, 3 de agosto de 2008

Antigo (mensagens da Heliosfera de Junho/Maio 2008)

talvez eu subisse a uma madrugada tua e a juntasse à minha, nós imensuráveis, impossíveis de dirigir... vegetação densa sempre cercando-nos... pareces reacender a descoberta das viagens enquanto caminhas... salva, hortelã-pimenta, a coroa das romãs curvando-se nas minhas palavras, um elemento da corrente que avança, tal como a tua...

Sara


Minha menina se foi ao mar
a contar ondas e pedrinhas,
porém se encontrou, de pronto,
com o rio de Sevilha.
Entre adelfas e sinos
cinco barcos se mexiam,
com os remos na água
e as velas na brisa.
Quem olha dentro a torre
adornada de Sevilha?
Cinco vozes contestavam
redondas como anéis.
O céu monta elegante
ao rio, de margem a margem.
No ar cor-de-rosa,
cinco anéis se mexiam.

(Federico García Lorca, de "Canciones Andaluzas")

Carpinteira


"Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas."

(Federico García Lorca - 5 de Junho de 1898/19 de Agosto de 1936)

Consegues ouvir-me...?

Carpinteira

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