sexta-feira, 18 de julho de 2008

Naquela manhã ou tarde, ou seria um dia, eu sonhei com o abismo de um sonho enterrado nos pés caminhando sempre. Já em ferida, pela noite dentro, seguiram, até nascer o dia. Lembro-me de cães uivando, de um banho no sol ardente no interior daquela que sempre foi a minha fonte. Não me lembro da cara das gentes, mas dos seus ruídos, falando coisas que pareciam ter um qualquer norte. Sentei-me por diversas vezes, fumei diversos cigarros. Não entrei no jardim porque não tinha bilhete, mas nos meus gestos criei aquilo que faz o sentido a que chamo poesia.

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