domingo, 20 de julho de 2008

Há quem esconda esse branco de vazio feito de nódoas mordendo as entranhas e outros órgãos. Eu vomito-o. E não é devagar. Nem para a casa de banho vou a correr. Fico muito parada, como se estivesse à espera da e vomito. Mas não é tudo de uma vez. Vai sendo… Furiosa ânsia, aborrecimento letal… Vagueio, digo um “foda-se”, penso no passado, penso algures no futuro, nada tem sentido… Adio pensamentos importantes mas eles batem à porta. Acumulo-os, ponho-os a falar sozinhos, ao mesmo tempo, canso-me, enfadonho-me, tomo uma ou outra posição… Deixo-os a falar sozinhos, eles já sabem o que é que a casa gasta… Como qualquer coisa, fica a meio, fumo um cigarro, fica a um terço. Tenho uma montanha no peito, várias, que raio de vazio. E estas paredes brancas para onde estou a olhar há hora e meia, já podiam ser cercadas por uns quadros…

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