sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sinto com as mãos a parede em cima e ela não escorrega, ergue-me um pouco mais. Se voo tudo voa comigo e há um mergulho muito rápido enquanto um de nós se persegue no meio da areia e de todas as palavras ao contrário. Vivo lá em cima com os diálogos que faço com tudo menos o silêncio. Amanhã não quero dormir o hoje e já é hora da sesta e não sei porquê mas a minha correria ao longo daquele campo faz-me adormecer mas sei que posso andar em cima do muro e depois atirar ao ar o meu grito maior e fazer girar o mundo e girar-me com ele. E disse um dia que os dias ao pé de mim seriam sempre essa embarcação que sobressalta o mar enquanto furo as ondas e abro os braços maiores que esse litoral que deixei de ver... aqui dentro o mar é sempre maior!

Celeste

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