sexta-feira, 27 de junho de 2008

Conversa no autocarro: "A sanguessuga alimenta-se do sangue das suas vítimas. Pode ingerir uma quantidade de sangue 10 vezes superior ao seu próprio volume."

(Eu pensei: pois...)

A água da tinta escreve mais do que um mundo, investe sobre as línguas buscando sentidos. Há um avião que empurra as promessas para a inspiração e torna-as no derrubar de casas de sangue ora vertendo, ora extinto. Quantos instantes pulsam saltos mortais que não foram mais do que a transformação de bailarinas em pedra? O meu brilho isolou-me e sou apenas uma peça original. No entanto, afirmo-me com incisiva vida, no peso torrente da luz, com a invisibilidade da escuridão, na batalha do poeta que inventa a sua voz na água da tinta.

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