segunda-feira, 9 de junho de 2008

Jack, para nós é um autocarro chamado desejo-te...

Eu trilhei, eu trilho, eu apenas vou numa direcção, uma direcção que não tem nome. Paro em pensões imundas, como o que os pobres comem. Tenho a vontade vadia de desencravar os atrelados e fugir com a Liberdade. O dia é grandioso e o animal disparou. Estou à frente de tudo, dessas histórias que deviam estar mortas, das cores que desbotam e das colinas altas que crepitam terramotos e cheiram a canas de açúcar.

Não me digas que nunca te disse. Os campos dividiram-se em pedaços e cada pedaço meu falou contigo sempre. Quase em frente à tua casa disse-te o que restava da minha plantação. O brilhar de todos os dias antigos, também te falei neles. Eu fiz todas as guerras, sem armas, com os pés quebrando-se no chão…

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