segunda-feira, 9 de junho de 2008

Conversa no autocarro: "Why can't we be ourselves like we were yesterday?"

(Eu pensei: porque a vida é fodida, porque as pessoas são fodidas, porque... porque.. porque... ekdbdjsbckcbdkcbcjkcbjcbcjc................")


a tua luz respira-se
como o cheiro da terra
eu só encontro
frescura em ti
ardes na minha mão
porque a tua presença nua
é um gesto antigo
do qual já não me lembrava
amava as estrelas
mas tenho o corpo
submerso de feridas
quero afundar-me
na tua imensidade
mas há um medo
mas há um medo em mim
de arder em cinzas
seguravas-me na mão
enquanto a matéria
se elevava em si mesma?

P.s.: isto não é uma cena a piscar o olho ao nirvana...


Nas noites brancas não posso deixar de ser a solitária que recorda as avalanches, aquelas que sinto afundarem o meu mundo. A neve, de que cor é a neve? Da minha janela eu nem a via cair, ela apenas se enroscava nos meus braços e se o coração batia eu só sentia o frio estalando as raízes da pele. Há uma festa no cemitério e neva muito, as horas pararam e o chão treme. Todas as janelas estão fechadas, o coração bate cercado por uma muralha negra. E a neve continua, continua a cair…

Sem comentários: