segunda-feira, 8 de setembro de 2008

a ferradura que pisa as aves
são palavras de ninguém
numa tempestade agreste
como acordar as flores impossíveis
neste rosnar de cães
nos esqueletos dos dias?
os restos de danças e acordes
não conseguem alimentar a terra
e a luz que agora é cinza
desce sobre as cidades
as mãos perdem a vida
as bocas respiram por cavernas escuras
e labirintos sem sentido

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