terça-feira, 22 de julho de 2008

Sara estava e explicar o cerne das cousas a Ricardo, estava um pouco acelerada, como é de esperar, tinha razões para isso... Mas o seu discurso era lógico e desperto, desperto como a lua daquela noite. Ricardo não parecia compreender, não queria compreender, estava constantemente a julgar o sofrimento de Sara e a querer que fosse uma qualquer daqui a quatro meses. Bianca entrou em acção, perdeu a cabeça, sem ter atenção, ou talvez sim, ao livro, que era o livro certo e atirou-o contra a parede perto da cabeça de Ricardo. Ele parou de falar e deve ter dito, quando se acalmou, que ela era louca. Sara pediu-lhe desculpa, tinha-se excedido. Pediu-lhe desculpa, mas estava a mentir-lhe descaradamente. Até pensou: “deviam ter sido mais uns dez ou vinte livros…”

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