sábado, 7 de junho de 2008

Sim Bianca, conta-me esse ódio de partir todas as grades das faces belas que te encharcam de sangue. Acompanha um som duro e sê a maior das ratazanas, a loucura rasgando todos os vidros e estoirando as portas seguras dessas gentes sem significado. Arder as suas cabeças Bianca, atirá-las para poços profundos. Tirares-lhes a respiração e rir-te no seu olhar aterrado, perguntado apenas: “quem vos vai salvar agora da minha maldição?” Vá Bianca, atira-as pelas escadas de mil degraus, parte-lhes todos os ossos, massacra-lhes toda e qualquer emoção. Depena-as Bianca, como galinhas assustadas de terror, arrancando-lhes a pele impiedosamente. Corta-as ao meio com o ódio com que essa gente te violenta sem qualquer comoção.

Alexandre, sinto uma imensa saudade tua, dessas tuas palavras que se confundem com o ritmo de um mar sonhado quente navegando dentro do suor das minhas veias. Ondas doces que espero ao nascer de cada dia, chamando-me pelo recorte do corpo acidentado, sentindo-me gaivota da aragem de uma paisagem hexagonal, adivinhando o penetrar da tua substância no país que somos.

Sara

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