segunda-feira, 17 de outubro de 2016


O camarão e o linguado
“Bom dia meu camarão de barriga grande”. “Bom dia meu linguado rebelde”. “O que vamos fazer hoje, diz tu?” “Hoje vamos adivinhar a forma das nuvens e depois caminhar rumo a um castelo cheio de mouros, no fim o castelo é conquistado por nós. “Os mouros têm espadas muito afiadas.” “E nós temos palavras muito venenosas”. E foram para o meio de um campo qualquer cujo castelo já nem sequer tinha nome. O linguado no meio do xadrez foi ferido. O camarão foi até ele com quilos de ligadura e disse: fica aqui quietinho que eu ganho o jogo por nós dois”. E assim foi, o camarão tirou de dentro do bolso um canhão e rebentou com o inimigo.” O linguado mal podia acreditar que o seu camarão tinha feito evaporar um exército sozinho, o castelo agora era deles e só deles. Pintaram o castelo de cor de laranja e convidaram pirilampos para dar luz à noite, além disso fizeram crescer por todo o castelo ervas aromáticas que vendiam na feira medieval ali perto. Davam bailes memoráveis ao fim-de-semana, eram bailes de máscaras e eles vestiam-se de rosas como olhos de carapau.

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