sábado, 7 de novembro de 2015

À flor da pele

Senti a tua presença antes de chegares a mim, acontece sempre isto, a razão está relacionada com ter sempre a flor da pele à tua espera. Passaste-me a mão pela face e sentia-a bem no meu âmago. Perguntaste-me o que se passava pois não me conseguia quase mover: “és tu, deixas-me assim, sem reação.” Riste-te e perguntas-te se isso era bom ou mau. “Tens demasiada influência sobre mim, fazes-me querer-te sempre demais, é bom se quiseres fazer-me bem.” Querias, disseste, já o sabia, e fazes-me sempre bem. Disseste que sempre tinhas sido ternura comigo, tratando-me como uma princesa. Gosto de ser a tua princesa, e gosto de te levar no meu coche real. Quiseste dançar, mas não havia música, dançámos na mesma, e eu senti-me num voo intenso feliz. “Ninguém me faz sentir assim”, disse-te. “Assim como, completamente encantada”, perguntaste. Ri-me, gostei da expressão e pensei que eras a pessoa indicada para mim. “Deixas-me a respiração fora de sítio”, disse-te. “Então quero a tua respiração”, disseste com o olhar à flor da pele.

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