sábado, 5 de junho de 2010

Às vezes tudo estremece
E escorrego das tuas mãos
Digo que o oceano nunca me irá salvar
Digo então que as tuas ondas me pertencem
A tua canção não canta hoje
Talvez já não a saibas
Talvez agora naveguemos
Ao sabor da nossa própria nudez
Se do Outono cai a chuva
De nós vem uma tristeza lenta
Não sei perder o ouro que me deste
Apenas sei continuar a dizer as nossas palavras
Este silêncio de neve que cresce na paisagem
Pesa um navio sobre mim
Carrego uma viagem nunca feita
Uma carícia agora esquecida

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