domingo, 14 de setembro de 2008

Quando o baile estava cheio, diz-me tu o que procuravas, nesses olhares cheios como as luas, mochos nas noite aberta? Procuravas um rapaz Lisa, outro e mais outro, um copo de sangria seguido de outro, o inebrio de tudo o que te rodeava. Falavas como se o mundo fosse o teu reino e espelhavas o teu charme por onde passavas. Um desses rapazes conquistaste, uma noite com ele passaste. Um brilho surgiu no teu olhar. Mas tudo acabou de manhã quando ele não era o rapaz, quando a noite não tinha sido assim tão bela e ele se foi embora. Lisa, o vazio instalou-se de novo, mas recomeçarás de novo a tua odisseia.

Estava uma noite de lua cheia e Alexandre não conseguia dormir quando viu uma bela rapariga a chorar. Já a tinha visto diversas vezes, ela andava sempre com uma cara tristonha. Foi ter com ela e perguntou-lhe o que se passava. Ela respondeu um seco “nada”. Ele disse que tinha um poema que tinha acabado de escrever e que podia dizer-lhe:

Chamei-te sim
Em todas as noites
Em que não dormi
Chamei-te como se pudesses
Ser um pássaro e as tuas asas
Me adormecessem quentes
Chamei-te para bebermos
De todas as fontes
E corremos todos os campos
Como se fossemos a alegria
Esticando-se dentro de todo o corpo
E o nosso abraço fosse eterno
De encontro ao céu
Subiríamos de peito aberto
E nada ao pé de ti seria deserto

Lisa ficou maravilhada com o poema, este rapaz não tinha nada a ver com os outros que ela já tinha conhecido, disse-lhe que se chamava Lisa e ele sorrindo disse-lhe o seu nome. Ficaram a conversar a noite quase toda.

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