sábado, 19 de julho de 2008

São todas as cartas que te escrevo para tu leres… Nos sinais de trânsito, quando por acaso não sou atropelada, quando canto no autocarro uma canção de amor e todos ou quase todos ficam a olhar para mim, são os croiassants que compro porque gosto, são os dois maços de tabaco só para mim, os brinquedos que qualquer criança gosta porque acho piada, são os mil poemas de amor pensando em ti escritos em duas semanas, são as conversas que tenho contigo tu que não existes mesmo tendo existência… Ainda há pouco deixei numa caixa de correio uma mensagem com o meu número de telefone, caso alguém soube-se de ti. Mas tu gostas de outra, contaste-me tudo, eu disse-te para não seres parvo, para ires ter com ela e agora aumentei a minha dose de tabaco, de brinquedos, de croiassants, de músicas de amor que canto sozinha em qualquer lado, os poemas cantando este amor, a minha existência sem ti… Talvez num desses sinais de trânsito, numa qualquer rua que atravesso sem olhar o poema não me proteja…

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