domingo, 27 de julho de 2008

em ti se reflecte um céu
com um letreiro
que não compreendo o que diz
mas esse olhar fraco
diz mais que o letreiro
queda-se e não é um jacto
mas um gato que foge
com medo de um insecto
como de um ciclone se tratasse
o amor é uma mentira
já o disse e redisse
é uma carência que tem braço
de necessidade de abraços
mas tão passageiro
que não demora
mais uma viagem de autocarro
os sonhos são sempre escuros
começam por ser claros
e depois sobem os degraus do negro
o anseio louco de início
acaba num vulcão que não
se transformou numa ilha
ou num continente e estacou frio
a esperança morre nos braços
de quem a carregou
este tempo todo

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