sábado, 14 de novembro de 2015

Desapareceu

As minhas vísceras escondem-se do mundo que só as sabe atacar, elas escondem-se mas nunca bem demais, por isso, elas sentem golpes fundos de espadas mais do que afiadas. Perdi-me e a paisagem não me diz nada acerca de um possível caminho, a paisagem desapareceu. As minhas pernas tremem, tropeço e caio: “outra vez, outra vez no chão”, digo em desespero. Há uma estrela no céu mas brilha tão pouco que mal a vejo, falta-lhe a vida que me falta a mim. Chego até à estação de comboios e oiço um aviso: “não partirão mais comboios a partir deste momento”. Sento-me num banco da estação e fico ali para a eternidade.

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