domingo, 19 de setembro de 2010

Claro que é fácil falar, tratado para aqui, tratado para ali. Diz um dos tratados “Já tenho tudo o que é preciso para esquecer esse rapaz: não passa de um produto da minha imaginação, não existe, é uma fantasia que alimentei durante dois anos e não me traz qualquer tipo de felicidade.” Mas está tão impregnado em mim, tão entranhado por mim toda que é muito difícil ser minimamente racional. Fantasia? Certo. E se eu gostar realmente desta fantasia? Parece-me que eu respiro a sua respiração. Além disso não se pense que é apenas um devaneio meu, estou com os pés bem assentes na terra embora toda esta história pareça uma loucura. Sei onde estou, sei o que quero. A minha imaginação funciona a cem à hora mas quem sabe se não torna o impossível possível. Essa história de não me trazer felicidade é muito subjectiva porque eu às vezes ando aos pulinhos pela casa, cheia de sorrisos para cá e para lá. E não existe como? Se sinto tanto o rapaz que desperta a minha substância mais luzente. Portanto, tenho tudo o que é preciso para esquecê-lo mas acho que não é possível tal feito.

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