sábado, 13 de dezembro de 2008

Sunday Bloody Sunday

Demasiado sangue nas minhas mãos que tu seguravas na mesa do bar onde tinha entrado com todo o corpo a tremer. Conhecias a luta dos meus passos e o teu toque foi como um abraço. À medida que me retorcia em dores sentia a esperança do teu calor. Mas tinha o corpo carregado de balas e a morte nos olhos. Dizias que me ias salvar, eu ria-me, bebia copos de cerveja atrás de copos cerveja: “não vês que eu já a tenho cá dentro?” O sangue era um rio que jorrava por ti, um rio que nunca secava em ti. Tu salvavas-me, salvas-me à pressa, seguravas o meu mergulho para a morte mas não se salva tantas pessoas da morte ao mesmo tempo.

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