terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Há tantos desertos
Percorro-os dentro e fora
Um esforço em ferida que me deixa sem pele
Repetindo-se no chão soturno
Que vai à minha frente
Criança sem olhos sou
De relento em relento
Nunca consegui ser o ser
Ouve-me, porque nunca falo
Mais do que os mil livros que gritei
Nas areias dos desertos que conheci
Ouve-me e leva-me palavras
Porque nunca conheci
Uma solidão tão grande dentro de mim

Sara

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