sábado, 20 de setembro de 2008

João, sentir-te é como ter as flores todas respirando sobre mim. A nossa viagem pulsa ainda aqui dentro e os meus lábios são uma labareda constante, como se ainda estivessem colados aos teus. O sangue corre recriando a própria vida, não há qualquer distância entre nós dizem-me as estrelas.

Sofia

Levaste-me com todos os teus pássaros a percorrer essa viagem azul que só tu conheces. Uma canção que entrou no meu corpo e no teu abraço ardente deixou-o fora do tempo. Procurei-te em todos os lugares e no decorrer da intimidade de uma viagem fui encontrar-te.

João Vale

A tua sensualidade é um vendaval na minha pele como se todas as minhas pétalas rebentassem de repente numa Primavera. As mãos percorrem o resplendor do teu corpo reacendendo fogos antigos. Sentir a tua exaltação aumentar, enquanto em mim cresce o desejo que inunda todos os sentidos e o meu corpo embriaga-se no teu.

Sofia

Parece um sonho quando deslumbro a nudez do teu corpo em ondas que me arrebatam. Os meus gestos iluminam toda a tua beleza, essa paisagem perdida que só tu mesma és. O meu peito fala a descoberta de uma nova voz, enredado pelo teu cântico. A terra é agora imensa e soa à música dos corpos sonhando todos os horizontes.

João Vale

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