sábado, 6 de setembro de 2008

Eu ainda não escrevi
Tudo o que ela me disse
Limitei-me a deixar
Escorrer a lágrimas
Todas as manhãs e noites
A passagem das coisas é espessa
E os pensamentos cruéis
Não consigo engolir montanhas
E os pregos não se libertam
Quando a sua sombra
Me reduziu em pedaços
Não escrevi como decorridos os anos
O seu nome no vento
É uma ferida aberta
Que me atravessa imparável

Sem comentários: