Dentro
do meu cérebro
Entraste
apesar de não existir uma porta, entraste pelos poros alvos e já conheces o
caminho até aos meus dois lóbulos, um cheio de raciocínio ilógico e o outro
sempre emocionado. Sinto bem a tua presença no meu cérebro, tens uma presença
muito vulcânica, nem sei bem o que fazes no meu interior mas é coisa boa. Pergunto-te
o que te estimula dentro de mim, respondes: “observo o funcionamento dos teus
neurónios”. “Mas é sempre igual, não te aborreces?” pergunto. “Olha que não, é
sempre diferente”. Fico perplexa, “o que será que se passa no meu cérebro então,
que malabarismos andas a aprontar”. Explicas melhor: os meus neurónios passeiam
sempre com neurónios diferentes para criar o meu mundo tão diversificado.
Continuas a explicação: “eu faço parte do passeio dos teus neurónios, já fiz
grandes amizades entre eles, quase todos me conhecem”. Pergunto-te sobre a
impressão que sinto em vários sítios do meu cérebro, a tal presença que
mergulha em mim, tu respondes: “é uma ardência cheia de força”. Rio-me pois sei
que aquilo que tu queres é sentir tudo em mim, sei que isso acontece e também
tenho uma ardência cheia de força que te alimenta a mil à hora.
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