quarta-feira, 11 de junho de 2014


Eu faço análises no Laboratório de Análises Clínicas Nova Era-Luz, Lda. Muito espiritual. Por isso é que nunca estou doente.

Simples amizade
 
Uma mulher era íntima favorita de um homem mas era coisa de simples amizade. Todos os dias existia uma conversa amável e ritmada por passos leves tida pelos dois compinchas numa passeata jubilosa pelo jardim. A vizinhança falava, falava, a coscuvilhice não tinha fim. Ambos viúvos, filhos já criados, uma bela estima entre os dois e tanto falatório. Nas esquinas tagarelava mais alto a inveja que subia o tom ao vê-los passar em seus familiares sorrisos. Um dia os seus sorrisos caíram em cima da coscuvilhice, do falatório e da inveja e fizeram com que eles se sentissem em dificuldades de moral.

Eu sou uma pessoa de relevo.


Sofia


As Patinhas

Era  uma vez  uma centopeia que gostava de areia e lá ia toda ela aos bocadinhos pelos   grãos achando-se muito bela. Dizia que não rastejava, que ia a correr com as patinhas a arder. Estas faziam poesia com o seu caminhar, era vê-las a rabiscar em todo o lugar, palavras a rimar. Ela assinava com o rabiosque que, de tal forma elegante era, estava sempre em Primavera e nem uma sarda de idade tinha. Era portadora de uma grande fertilidade e existiam bichinhos seus por aqui e por ali, bichos igualmente céleres e dados aos rabiscos. Tinha pavor de ser feito isco, acabar comido como petisco não era de todo o seu excelso sonho. Uma centopeia que subia dunas feita escada com as suas passadas escorregadias e para si os dias nunca terminavam. Sabia sempre o que fazer, estava sempre ocupada e às vezes aparecia com a sua manada e eram mil patinhas a dançar.


Faz tudo valer a pena, a vida é tão imensa.

 

Sabe bem a recompensa. Ser alegria e rir-me do cheiro do sol, do sabor da chuva.

Corre para a vida, senão ela murcha.

O que quer de mim a vida? Que eu seja esplendorosa como ela, brinque todos os dias.

Eu desejo que ela converse comigo horas a fio sobre o que é de aproveitar para eu o poder realizar.