sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Rapaz. A ver se nos entendemos, eu estou farta de ti! Farta, compreendes?! Infernizas-me a vida. Sempre na minha cabeça. Não consigo fazer nada sem que tu estejas lá. Persegues-me! É assédio! Estou fartinha até às pontas das raízes dos cabelos! É insuportável! Deixa-me em paz! Eu tenho outra pessoa na minha vida. E não posso estar a meter-te no meio. Tens de desaparecer, entendes?! Pôr-te a milhas. Evaporar-te. Ir à tua vida. Bem, na verdade tu já estás na tua vida, o problema é meu. Só queria dizer-te que já não posso contigo, fazes-me alergia. Não posso culpar-te porque estás lá ao longe a fazer a tua vida e não tens nada a ver com esta parvoeira toda. A culpa é toda minha. Eu é que me deixo afectar por esta história desta maneira. Estou farta desta história, fartinha. Há limites. Esta história não tem pés nem cabeça. E faz-me mal à cabeça. Sendo bastante directa: fode-me completamente a cabeça! Tudo isto é doentio. Entendes que eu estou doente à conta desta história? Como é que se pode falar em amor se tudo não passa de uma doença e eu só quero que ela passe. Estou farta de ti. Estou farta de pensar em ti. É tão cansativo pensar em ti, é sempre a mesma coisa. É tão vazio. Não há nada em ti, só uma noite. De que é que isso vale? O que é que tu vales? Nada. Porque não pertences à minha vida. Não estás comigo, está tudo dito. Nem sequer sabes que eu existo, eu não importo na tua vida. O que é que eu valho para ti (fazendo a pergunta ao contrário)? Nada. Sabes que mais? Eu até valho a pena. Talvez não para um miúdo palerma como tu. Sim, porque todo aquele teu comportamento na casa pode ser considerado bastante infantil. És uma sanguessuga. Estou muito revoltada com esta situação toda. Não faz sentido a importância que tens na minha vida. Mas eu sei que há quem me esteja a fazer uma lavagem cerebral para ajudar à confusão. E eu nem percebo porquê, deve ser para me prejudicar, para me pôr mais avariada da cabeça. Só mais uma vez para me sentir um pouco melhor: estou farta de ti!