És vida minha, sempre companhia nas
estações variadas do ano, falas a língua rara que eu falo e juntos saboreamos
os pedaços dos dias, feliz sou quando conversamos e o tempo a passar.
Vida animada
És vida minha, sei sempre onde te albergas
e estou sempre vizinho, acendo as luzes para ti pois sei que são animação em
ti, festejo os dias contigo e tudo namora à Nossa volta, no fim sei
adormecer-te quando a noite vai alta.
(Fernando Botero, "Concerto")
Essa tua música põe-me em ponto rebuçado, são canções de encantar os pirilampos.
Sou planta
Sou planta bem entranhada na terra, o
vento não me leva e o sol não me seca, tenho raízes de profundidade múltipla,
tenho flores de inebriante fragrância, tenho frutos de sabor meloso.
Neve, neve, neve
“Será que vai nevar este verão?” Perguntei
ao meu amado que logo respondeu: “quando estiver demasiado calor sim”. A neve
parece o algodão doce, será que também é adocicada? Fiquei logo com vontade de
lamber neve.
Falamos
Falamos com sentimento e perdemo-nos no
tempo, palavras que ambos inventámos fluem intranquilamente, o Nosso mundo
parece ser infinito, ainda ontem surgiram flamingos e pelicanos, duas aves
amigas dadas à amena cavaqueira.
Vida simples
Vieste num grande paquete e só tinhas um
candelabro aceso na mão, saíres do paquete anunciou a vida simples que ias
levar a partir de agora e o candelabro era para me iluminares, vida simples
vivendo em Amor Verdadeiro falando palavras simples vindas diretamente do
coração.
Cerejas
Somos como as cerejas pois andamos
sempre juntos e estamos sempre no topo do bolo de chocolate, no meio existe
magia que transforma tudo em vida alegre, magia que tem vários nomes tantos
quantos os Nossos, magia que resulta.