sábado, 2 de agosto de 2014

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.”

(Charles Chaplin)

Que ensaios? Somos deitados aos leões sem aviso prévio e que nos desembaracemos. E atuamos, atuamos perante esta situação ou aquela, perante esta ou aquela pessoa, consoante as áreas da vida. Usamos constantemente máscaras. Odeio isso! Mas exigem-me isso! Não posso ser eu. Sou bastante criticada. E sinto-me verdadeiramente mal. Porque me preocupo com isso, com o que os outros pensam de mim. Mas eu vivo em sociedade. Asfixia-me. Gostava de me sentir mais livre. Passei por uma situação horrível na minha vida. Nunca me tinham dito que podia acontecer. Tantos sonhos. E na minha cabeça quase todos realizáveis. Ensaios? Fizeste mal, ora torna a fazer. Fizeste merda? Tens as consequências, não podes voltar atrás. Isso é que era bom, ensaios. O mal não se desfaz, o que está feito feito está.



Era uma vez um A. que andava interessado numa garota. Ela desconfiou disso e pôs-se a pensar nele. Era uma figura interessante. Hum. A. não tinha coragem de se chegar ao pé dela. S. continuou a pensar em A. S. começou a pensar de tal forma em A. que se sentiu atraída por ele. Foi falar com ele. Olha lá, soube que tu estavas interessado em mim, eu também estou interessada em ti, como fazemos isto? A. era muito tímido. Olha, não percebo nada disto. Olha, eu também não, mas acho que temos de dar um beijo. Mas eu não posso. Porquê? Tenho mau hálito. Então vai lavar os dentes e a boca e depois damos o beijo. Ok, mas ainda assim não sei se a coisa vai resultar. Vamos tentar. A. lá foi. Depois voltou já todo limpinho da boca. S. disse-lhe: então podemos? E começaram a dar um beijo. Ai, queixou-se A. Desculpa, tenho um aparelho na boca, não és só tu que tens problemas. Então tira. Isto não se pode tirar. Ah, ok. Bem, então ficamos assim, eu tenho mau hálito e tu tens um aparelho. Fomos feitos um para o outro.

Quando falo contigo, tens razão, chama-lhe lá sintonia e afinidade, eu chamo-lhe Alegria e Magia…e…e…e…e…Amor Verdadeiro!


Os nossos filhos saltarão à corda, brincaram ao elástico, ao pião e aos berlindes.

Sabes  o que significas para mim. Quem sabe, digo timidamente: deixa que te  surpreenda. Há em mim um desejo de ser melhor para ti: dar-te mais atenção. Se fosses uma música eu ia querer passar o dia a ouvi-la. Se escrevesse uma história sobre ti escreveria sempre mais. Framboesa. A minha dança de te dar as boas vindas é a tua também. Sei o que significas para mim. Apanhamos sempre o comboio. O nosso. Se durmo? Durmo virada para ti, aconchegada por ti. E tu também. Se as nossas flores são Primaveris? Ela são pássaros. O que é o sol? Ele amanhece dentro da nossa união e ilumina cada parte de nós. Vamos? Vem dar o nome às ruas onde passeamos juntos, às borboletas que nos acompanham e aos barcos que partem connosco. Quero surpreender-te, como faz a raposa ao coelho.
Peixinho mais saltitão do mar, escamas arco-íris, olhito solto, nadas no mar como se este fosse o teu reinado. E eu sou a tua sereia cor-de-rosa.