Doze cordas que não amarram
Este barco sem salvação
Porque alguém me falou no amor
E ele não é mais do que
Um instrumento louco
A fugir-me das mãos
Tenho frio e a minha voz está gasta
De cantar sempre a mesma canção
Um vazio no fundo da cidade
Que me percorre interiormente
A respiração curvada perante
O jogo dilacerante
Que me perfura o coração
sábado, 6 de setembro de 2008
Eu ainda não escrevi
Tudo o que ela me disse
Limitei-me a deixar
Escorrer a lágrimas
Todas as manhãs e noites
A passagem das coisas é espessa
E os pensamentos cruéis
Não consigo engolir montanhas
E os pregos não se libertam
Quando a sua sombra
Me reduziu em pedaços
Não escrevi como decorridos os anos
O seu nome no vento
É uma ferida aberta
Que me atravessa imparável
Tudo o que ela me disse
Limitei-me a deixar
Escorrer a lágrimas
Todas as manhãs e noites
A passagem das coisas é espessa
E os pensamentos cruéis
Não consigo engolir montanhas
E os pregos não se libertam
Quando a sua sombra
Me reduziu em pedaços
Não escrevi como decorridos os anos
O seu nome no vento
É uma ferida aberta
Que me atravessa imparável
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