quarta-feira, 23 de julho de 2008

Tantas vezes ouvi esta música ao pé de ti que quando Zé brincou comigo eu de certa forma cantei-a...

U2: "All I Want is You"

You say you want
Diamonds on a ring of gold
You say you want
Your story to remain untold

But all the promises we make
From the cradle to the grave
When all I want is you

You say youll give me
A highway with no one on it
Treasure just to look upon it
All the riches in the night

You say youll give me
Eyes in a moon of blindness
A river in a time of dryness
A harbour in the tempest
But all the promises we make
From the cradle to the grave
When all I want is you

You say you want
Your love to work out right
To last with me through the night

You say you want
Diamonds on a ring of gold
Your story to remain untold
Your love not to grow cold

All the promises we break
From the cradle to the grave
When all I want is you

You...all I want is...
You...all I want is...
You...all I want is...
You...
Dinis, algo me diz que tens andado pela manhã sem mim, gestos longos monólogos que oiço em subterrânea circulação. Onde anda o teu coração? Ouvi dizer nos sonhos cultivados dos limites que têm incendiado em mim. Páginas aparecem em branco, repletas de refresco de asas colorias de nomes vastos. No meu diário escrevi: Dinis, o amor é uma viagem que começa…


(Max Ernest, "Le Triomphe du surréalisme")
Um dia fugi ao fim do mundo e via a água com cores de uma coloração que parecia da minha imaginação, pensei que era cousa outra, essa realidade tão distinta e continuei viagem. O fim do mundo é perto e sabemo-lo, mas nada, nada é tão fenomenal como sentir-lhe o cheiro, chegar-lhe perto. E debaixo daquela ponte comigo fiz amor, só não sei se era o fim, mas algo começou quando gritei de prazer e depois uma pedra voou alto demais e esmigalhou-se dentro da água que continuava com as estranhas formas que os meus olhos e os apenas os meus olhos vislumbravam. Seria o fim do mundo, de um mundo ou apenas o começo de um certo dia?
O n. dedicou-me este poema:

grandiosa a intempérie
súbita das mãos

o olhar rotundo que encerra
gritaria livre

incomensurável

vácuo de bonança
em explosão eminente

tudo e o também
fascínio