sábado, 12 de julho de 2008
O meu primeiro Vídeo (do melhor que há!)
(Beggin' - Frankie Valli video re-mix)
(Begging) begging
Put your loving hand out, baby
(Begging) begging you
Put your loving hand out, baby
Sara, o meu amor está presente, sinto os teus olhos cor de fogo estando eles aberto ou fechados. Sara, é o que lhe digo com o meu peito iluminado. Lembro-me Sara, quando o seu braço de veludo me chamou até si e eu de tanto tremer finalmente surgi como beijo. Sara, nesse momento os relógios eram apenas horas, porque nós éramos a Eternidade.
Velvet Underground: Homme Fatale (versão)
Here he comes, you better watch your step
He's going to break your heart in two, it's true
It's not hard to realize
Just look into his false colored eyes
He builds you up to just put you down, what a clown'
He's just a little tease (He's an homme fatale)
See the way he walks
Hear the way he talks
You're put down in his book
You're number 37, have a look
He's going to smile to make you frown, what a clown
Little girl, he's from the street
Before you start, you're already beat
He's gonna play you for a fool, yes it's true
'Cause everybody knows (He's a femme fatale)
The things he does to please (He's an homme fatale)
He's just a little tease (He's an homme fatale)
See the way he walks
Hear the way he talks
Here he comes, you better watch your step
He's going to break your heart in two, it's true
It's not hard to realize
Just look into his false colored eyes
He builds you up to just put you down, what a clown'
Cause everybody knows (He's an homme fatale)
The things he does to please (He's an homme fatale)He's just a little tease (He's an homme fatale)
See the way he walks
Hear the way he talks
You're put down in his book
You're number 37, have a look
He's going to smile to make you frown, what a clown
Little girl, he's from the street
Before you start, you're already beat
He's gonna play you for a fool, yes it's true
'Cause everybody knows (He's a femme fatale)
The things he does to please (He's an homme fatale)
He's just a little tease (He's an homme fatale)
See the way he walks
Hear the way he talks
Poesia (está Tudo dito)
Amorosa (até dá de comer à passarada)
Excelente pessoa (não abusar)
Impaciente nas filas e bichas
Generosa (com quem merece)
Um pouco, apenas um pouco complexa
Amiga, boa amiga
Egocêntrica (a culpa é do universo)
Escorpião semi-venenoso
Deusa de tudo e mais alguma coisa
Santa em certos dias do mês
Diabinha noutros
Insuportável (eu que o diga: 24/24 horas)
Beleza interior (transparece para o exterior)
Mãos que aquecem
Olhar de mel (meloso - risos!); Mel e Mar
Mázinha por vezes, mas dá-me para os sentimentos de culpa, portanto consciente
Desastrada (não devia ter lido "aquele" livro)
Diplomata q.b. (tanta gente aqui dentro, tem de se ter diplomacia q.b., lá fora aplica-se o mesmo)
Curiosa (mas deixem os gatos em paz) (sim, faço muitas perguntas, a Sabedoria cresce assim)
Às vezes um pouco auto-destrutiva
Fala alto (uma pequena surdez talvez, e dores de cabeça)
Nos últimos tempos bastante solitária
Óptima bailarina (do you wanna dance?)
Carinhosa, ternurenta, etc.
Um pouquinho agressiva (pouquinho, mas às vezes o pessoal enche o saco)
Imaginativa, para além da própria imaginação
Apaixonada (cheia de vitalidade, energia, abraçando "aquilo" de que gosta realmente)
À defesa, porque às vezes é desconfiada
Confia nos outros feita parva (esquece-se do desconfiada)
Divertida até à exaustão
Estável, quando existe terreno para isso
Leal (está Tudo dito parte II)
Jorra fontes de alegria
Pintora nos tempos livres que ainda estão para vir
Calminha, quando lhe dá para isso
Medrosa (levanta-se do "marasmo" e então é corajosa) - Que marasmo ó tótó?
Sofrida (muitas feridas)
Provocadora (mas é para animar o pessoal e tentar mostrar-lhes umas coisas novas)
Pode parecer incrível mas credita no Amor Eterno
Ressentida, mas passa por cima quando acha que tem de ser
Bicha carpinteira (desde pequena que não pára quieta)
Um pouquinho teimosa
Dura quando às vezes a vida o exige
Triste, quando a vida lhe prega rasteiras que ela nunca pensou exitirem
Uma espécie de fada
Sonhadora, porque sem sonhos não se vive
Ama um Grande Amor
Coração d'Ouro
(Todos)
Amorosa (até dá de comer à passarada)
Excelente pessoa (não abusar)
Impaciente nas filas e bichas
Generosa (com quem merece)
Um pouco, apenas um pouco complexa
Amiga, boa amiga
Egocêntrica (a culpa é do universo)
Escorpião semi-venenoso
Deusa de tudo e mais alguma coisa
Santa em certos dias do mês
Diabinha noutros
Insuportável (eu que o diga: 24/24 horas)
Beleza interior (transparece para o exterior)
Mãos que aquecem
Olhar de mel (meloso - risos!); Mel e Mar
Mázinha por vezes, mas dá-me para os sentimentos de culpa, portanto consciente
Desastrada (não devia ter lido "aquele" livro)
Diplomata q.b. (tanta gente aqui dentro, tem de se ter diplomacia q.b., lá fora aplica-se o mesmo)
Curiosa (mas deixem os gatos em paz) (sim, faço muitas perguntas, a Sabedoria cresce assim)
Às vezes um pouco auto-destrutiva
Fala alto (uma pequena surdez talvez, e dores de cabeça)
Nos últimos tempos bastante solitária
Óptima bailarina (do you wanna dance?)
Carinhosa, ternurenta, etc.
Um pouquinho agressiva (pouquinho, mas às vezes o pessoal enche o saco)
Imaginativa, para além da própria imaginação
Apaixonada (cheia de vitalidade, energia, abraçando "aquilo" de que gosta realmente)
À defesa, porque às vezes é desconfiada
Confia nos outros feita parva (esquece-se do desconfiada)
Divertida até à exaustão
Estável, quando existe terreno para isso
Leal (está Tudo dito parte II)
Jorra fontes de alegria
Pintora nos tempos livres que ainda estão para vir
Calminha, quando lhe dá para isso
Medrosa (levanta-se do "marasmo" e então é corajosa) - Que marasmo ó tótó?
Sofrida (muitas feridas)
Provocadora (mas é para animar o pessoal e tentar mostrar-lhes umas coisas novas)
Pode parecer incrível mas credita no Amor Eterno
Ressentida, mas passa por cima quando acha que tem de ser
Bicha carpinteira (desde pequena que não pára quieta)
Um pouquinho teimosa
Dura quando às vezes a vida o exige
Triste, quando a vida lhe prega rasteiras que ela nunca pensou exitirem
Uma espécie de fada
Sonhadora, porque sem sonhos não se vive
Ama um Grande Amor
Coração d'Ouro
(Todos)
Fui à praia e não apanhei um escaldão, estava toda nua e tudo... Molhei os pés... os pés na água gélidérrima (sim, dois acêntos). O sol afeiçou-se ao carro e tenho o braço direito armado em engraçado. A seguir foram as costas, no interior de uma fonte. Efectivamente, só falta o finalmente. Enfim, porque o nosso amor não tem fim. Fala-me alguém aparentemente, mas aos cepticamentes eu respondo: Está feito! E vai com o meu nome assinadamente.
Sofia
Sofia
O pessoal opina muito sobre o meu cabelo, preciso de ir ao cabeleireiro, está mal cortado, ficava melhor asssim e assado, põe para trás, para a frente, faz franja, uma permanente. Mas essencialmente dizem que está despenteado. Tenho mais que fazer do que andar a pentear-me várias vezes ao dia. E está despenteado porquê? Ele é mesmo assim, rebelde. Deixá-lo estar...
Eu respondo a essa gente: falem com ele, mas quando eu não tiver presente... (topam?)
A caixa de açúcar caiu no chão... O que é que tenho a ver com isso, foram as minhas mãos.
O corpo tem vida própria às vezes, a gente diz a, ele diz b...
Eu respondo a essa gente: falem com ele, mas quando eu não tiver presente... (topam?)
A caixa de açúcar caiu no chão... O que é que tenho a ver com isso, foram as minhas mãos.
O corpo tem vida própria às vezes, a gente diz a, ele diz b...
Estava aqui a escolher uma pintura de um dos meus pintores preferidos, Van Gogh, mas esta treta de blogue atinguiu um limite qualquer de imagens e nada feito (esta conversa dos limites nao é nova...). A Heliosfera come-me os posts, a Heliosfera-fera tem restrições de imagens. Restrições de imagens... vejam bem... Venha o Diabo e escolha! Báááá! Agora imagens só quando lhe der na vinheta... Mas garanto, quando for vai ser o Van Gogh! Oh yeah!
9 e cinco da manhã
Compra de jornais efectuada. Surpresa: comprei o livrinho para pintar com lápis de cor (incluídos) para os miúdos. A Celeste ficou eufórica! Chama-se "Art Attack" e ao contrário do que eu pensava é bem mais elaborado, dá ideias para fazer coisas giras. Mas o que me está mesmo a apetecer é pintar...
Faz-me lembrar a história das cerca de 50 guaches. Eu entrava numa papelaria boa e queria um vermelho. Escolhia o vermelho papoilas que desabrocham com o vento e depois eis que mesmo ao lado tinha um prateado esverdeado que brilha no escuro ou um laranja mil maças. O que fazer? Comprar todos, claro está...
Compra de jornais efectuada. Surpresa: comprei o livrinho para pintar com lápis de cor (incluídos) para os miúdos. A Celeste ficou eufórica! Chama-se "Art Attack" e ao contrário do que eu pensava é bem mais elaborado, dá ideias para fazer coisas giras. Mas o que me está mesmo a apetecer é pintar...
Faz-me lembrar a história das cerca de 50 guaches. Eu entrava numa papelaria boa e queria um vermelho. Escolhia o vermelho papoilas que desabrocham com o vento e depois eis que mesmo ao lado tinha um prateado esverdeado que brilha no escuro ou um laranja mil maças. O que fazer? Comprar todos, claro está...
8 e meia da manhã
Quis ir comprar tabaco à rua e não tinha a chave de casa (se eu escrever "para variar" é óbvio demais, não?). Tive de ir ao chaveiro para ver se elas por acaso estavam lá (por acaso...) Voilá! Sai mais ao menos composta e parei para comprar tabaco (2 maços, por causa das coisas) onde o meu pai já é conhecido por comprar os jornais. O meu papi volta este Sábado. Tenho de me preparar para ouvir o "sermão aos peixes" dele. Depois meti-me no café. Lá estavam tão bonitinhos os amigos pães de leite,. Estou a comer um neste exacto momento. Uma delícia! Quase, quase o paraíso... Lembrei-me num repente de pedir um café. Boa aposta para misturar com as aspirinas e acabar de vez com as dores de cabeça. No quiosque dos jornais estava um livrinho para pintar com lápis de cor (incluídos) para os miúdos. Quis comprá-lo. Pensei de seguida: deixa-te de coisas. Tenho cerca de 50 guaches em minha casa, pincéis e papel. Isso é que é pintura... E a veia artística, perguntei. Resposta: "usa o que tens, gastaste uma fortuna nos guaches e só pintaste meia dúzia de coisas". Ela tem razão, a veia artística tem sempre razão. Então sorri-lhe e disse: vou tratar disso querida. Uma das minhas gatas está deitada na mesa ao pé de mim, a ver se lhe calha algo do pão de leite. Dei-lhe um pouco de fiambre e ela está a fazer-se de esquisita. O raio das gatas!
Quis ir comprar tabaco à rua e não tinha a chave de casa (se eu escrever "para variar" é óbvio demais, não?). Tive de ir ao chaveiro para ver se elas por acaso estavam lá (por acaso...) Voilá! Sai mais ao menos composta e parei para comprar tabaco (2 maços, por causa das coisas) onde o meu pai já é conhecido por comprar os jornais. O meu papi volta este Sábado. Tenho de me preparar para ouvir o "sermão aos peixes" dele. Depois meti-me no café. Lá estavam tão bonitinhos os amigos pães de leite,. Estou a comer um neste exacto momento. Uma delícia! Quase, quase o paraíso... Lembrei-me num repente de pedir um café. Boa aposta para misturar com as aspirinas e acabar de vez com as dores de cabeça. No quiosque dos jornais estava um livrinho para pintar com lápis de cor (incluídos) para os miúdos. Quis comprá-lo. Pensei de seguida: deixa-te de coisas. Tenho cerca de 50 guaches em minha casa, pincéis e papel. Isso é que é pintura... E a veia artística, perguntei. Resposta: "usa o que tens, gastaste uma fortuna nos guaches e só pintaste meia dúzia de coisas". Ela tem razão, a veia artística tem sempre razão. Então sorri-lhe e disse: vou tratar disso querida. Uma das minhas gatas está deitada na mesa ao pé de mim, a ver se lhe calha algo do pão de leite. Dei-lhe um pouco de fiambre e ela está a fazer-se de esquisita. O raio das gatas!
8 da manhã
Tenho de ir comprar tabaco para ver se a tosse piora... Tenho dinheiro mas não tenho as chaves de casa porque a minha mãe ficou com elas. Ela está a dormir. Ela mandou-me ir dormir ainda há pouco e foi-se deitar. As gatas estão acordadas, cirandando à minha beira... Devem querer comida. Também queria sair por causa dos pães de leite. Nada como um pão de leite com fiambre e manteiga ao pequeno almoço. Daqueles bons! Estou num impasse... Ainda por cima as dores de cabeça não passam. Será que tenho de tomar a caixa inteira de aspirinas?
Tenho de ir comprar tabaco para ver se a tosse piora... Tenho dinheiro mas não tenho as chaves de casa porque a minha mãe ficou com elas. Ela está a dormir. Ela mandou-me ir dormir ainda há pouco e foi-se deitar. As gatas estão acordadas, cirandando à minha beira... Devem querer comida. Também queria sair por causa dos pães de leite. Nada como um pão de leite com fiambre e manteiga ao pequeno almoço. Daqueles bons! Estou num impasse... Ainda por cima as dores de cabeça não passam. Será que tenho de tomar a caixa inteira de aspirinas?
Era uma minhoca amarela que vinha lá da terrinha e pôs-se a falar com um pássaro para lhe perguntar o caminho. O pássaro estava com fome e a minhoca apercebendo-se rapidamente disso escapou-se depressa, depressessinha! Ela percorreu uma e outra casa, todas as casas à procura de um cantinho. Deu de caras com muitas árvores sem nada, para se acomodar num sítio quentinho. Toca a mudar, tocar a andar e ser mais amarela ainda. Ela queria juntar-se a uma seita, para ter um espírito religioso mas depois esqueceu-se dessa ideia peregrina. Quis ser adivinha e adivinhou umas coisas, menos a cor que a sua pele tinha agora. Foi caminhando numa sexta-feira atrás das macieiras e até lhes pediu para as comer. É que ela era meia divina e enchia-se de maças como quem quer ser maior. Foi para um mosteiro e conheceu um leão simpático com uma juba azul e partiram rumo ao rumo dos rumos. O caminho do rumo não concordava consigo mesmo e pôs muitos obstáculos aos dois amigos. “Mas pensas que és quem?” – perguntou a leão arreliado. Ele pensava que era uma espécie de visionário, mas nem sabia onde era o Sul. “O Sul é quando um animal quiser” – disse-lhes muito convencido. Apareceu um esquilo-zebra e pôs em causa o semi-deus (agora o caminho do rumo intitulava-se assim). Ele começou a chorar, disse que estava perdido e que as pessoas só queriam saber do rumo, nunca lhe davam os bons-dias. “Ora, mil bons dias caminho do rumo, diga-nos lá a direcção” – disseram todos em uníssono. Ele respondeu: “pela minha experiência todos os caminhos são possíveis, vão por aquele que melhor vos convém, mas o Sul acho que é por ali...” O esquilo-zebra quis ir com eles e todos convidaram o caminho do rumo para vir também. A minhoca amarela ficou tão contente que de amarela-torrada transformou-se em cor-de-laranja.
Celeste
Celeste
Era uma vez uma vida que perguntava sempre cada vez mais e ponha-se a ser pássaro no parapeito das janelas, com a mão na varanda de cima. Ainda bem que há varandas, umas por cima das outras, ainda bem que o parapeito colaborou. Mais tarde foram os telhados. E houve uma torre lá em Paris que lhe deu vertigens, mas via-se a paisagem toda. E como ela era bela, naquele olhar de surpresa! Há olhares assim, querem ser surpreendidos pela beleza, aquela beleza contida no cerne de todas as coisas. No Verão comia croissants ao pequeno almoço num quarto branco como os leões raros das savanas. Os croissants apanhavam boleia para irem à praia, enquanto eu me estendia com óleo de côco ao sol. Os ditos côcos agradeciam porque assim cresciam mais depressa. Mas quem é que estava com pressa no meio das águas doces das piscinas? Às vezes cheiravam a lixívia, por isso fiquei tão branquinha e o óleo de côco nunca fez grande efeito. Desmanchava o corpo descendo as dunas gigantes, numa ria onde uma vez fiz amor. Acho que um pescador viu, mas ele também era como eu, à noitinha fazia amor com a mulher nas águas pseudo-paradas da ria. Uma vez a vida atravessou-a com a sua irmãzinha mais nova e éramos embarcações resistentes. Quem semeia água vê crescer o mundo, para dentro dos olhos, para fora das mãos...
Havia e ouvi dizer que ainda há, por vezes vejo o seu voo rente ao meu olhar, juro que há. O mel nasce assim, do voo da passarada e desliza sobre o teu corpo. O campo das aranhas apanhando o fresco do poço, alguém tinha de ir até lá baralhá-las. Mil aranhas de tamanho gigante barravam o caminho, fechei os olhos, dei-te as minhas mãos e os cães começaram a ladrar de novo. Para onde vão esses cães, da semi-liberdade? Fraternos eles são e todos juntos criam uma sinfonia. Nesse campo da minha infância, tomei mais tarde um banho de imersão, em pleno inverno, no meio daqueles riachos de verde. Percorrei montes, vales, as montanhas mais altas, porque o sonho se chama Liberdade e acasala com o Amor. Em todas as palavras e gestos mostro-te aquilo que sou: Não há Liberdade Maior do que a Liberdade do Amor... Existem os domingos esses dias que apenas servem para o aborrecimento e largar papagaios de papel no céu perfumado com o teu cheiro a pele. Pele apegada à minha, eu dormindo sobre ti... Dias foram a vida a questionar, esse seu olhar que tenta abarcar Tudo e num só olhar conheci o teu. Trouxe-te o teu farnel, ainda tomei banhos de água morna, pensando que eras toda essa água. Tive uma rádio que ainda toca em voz alta e traz pensamentos e músicas meus. Entrevistas vazias, sempre com as perguntas na ponta da língua. Se ela se silencia é porque está nas conversas dos pequenos deuses. As casacas de laranja aclararam mais tarde para serem limões. Os limões são o sonho de todos os sonhos. Eles brilham nos nossos olhos e o seu sumo pinta-nos um amarelo radiante. Eu vi mares, esses rios grandes de sal feitos e nadei em todos eles como se nada numa canção. Sem portas ou muros para derrubar, apenas e só janelas para entrar e sair. Sem ar respira-se porque há vezes em que se respirou demais. O ritmo continua a canção, essa que soube fazer, conforme a ocasião. Em verdade digo que as aranhas dançastes no meu verão são uma imagem que tenho nítida daqueles verões. Os verões do mar que abraçava a minha pele macia com a sua areia de comichões. Eu era a gaivota navegando os mares daqui e de além. Eu perdi o fogo no mar e ele acendeu-se em chamas para mim. Os gelados de fina areia desfazendo na boca gulosa, com mil sabores, a geada a fazer as combinações.
Havia e ouvi dizer que ainda há, por vezes vejo o seu voo rente ao meu olhar, juro que há. O mel nasce assim, do voo da passarada e desliza sobre o teu corpo. O campo das aranhas apanhando o fresco do poço, alguém tinha de ir até lá baralhá-las. Mil aranhas de tamanho gigante barravam o caminho, fechei os olhos, dei-te as minhas mãos e os cães começaram a ladrar de novo. Para onde vão esses cães, da semi-liberdade? Fraternos eles são e todos juntos criam uma sinfonia. Nesse campo da minha infância, tomei mais tarde um banho de imersão, em pleno inverno, no meio daqueles riachos de verde. Percorrei montes, vales, as montanhas mais altas, porque o sonho se chama Liberdade e acasala com o Amor. Em todas as palavras e gestos mostro-te aquilo que sou: Não há Liberdade Maior do que a Liberdade do Amor... Existem os domingos esses dias que apenas servem para o aborrecimento e largar papagaios de papel no céu perfumado com o teu cheiro a pele. Pele apegada à minha, eu dormindo sobre ti... Dias foram a vida a questionar, esse seu olhar que tenta abarcar Tudo e num só olhar conheci o teu. Trouxe-te o teu farnel, ainda tomei banhos de água morna, pensando que eras toda essa água. Tive uma rádio que ainda toca em voz alta e traz pensamentos e músicas meus. Entrevistas vazias, sempre com as perguntas na ponta da língua. Se ela se silencia é porque está nas conversas dos pequenos deuses. As casacas de laranja aclararam mais tarde para serem limões. Os limões são o sonho de todos os sonhos. Eles brilham nos nossos olhos e o seu sumo pinta-nos um amarelo radiante. Eu vi mares, esses rios grandes de sal feitos e nadei em todos eles como se nada numa canção. Sem portas ou muros para derrubar, apenas e só janelas para entrar e sair. Sem ar respira-se porque há vezes em que se respirou demais. O ritmo continua a canção, essa que soube fazer, conforme a ocasião. Em verdade digo que as aranhas dançastes no meu verão são uma imagem que tenho nítida daqueles verões. Os verões do mar que abraçava a minha pele macia com a sua areia de comichões. Eu era a gaivota navegando os mares daqui e de além. Eu perdi o fogo no mar e ele acendeu-se em chamas para mim. Os gelados de fina areia desfazendo na boca gulosa, com mil sabores, a geada a fazer as combinações.
7 da manhã
Acordo (estou viva). Acordo com um pesadelo muito mauzinho. Começo a tossir. Merda, estou com tosse. Qual é o problema? Sou viciada em tabaco. Qual é o problema? Tossir e fumar não combinam. Levanto-me. Dói-me a cabeça. É sempre bom acordar com dores de cabeça... Fui fazer um xarope de cenoura para a tosse. Outro problema? Aquilo ainda demora a ficar pronto, em xarope. Além disso deixei cair a caixa do açucar toda no chão. Limprar açúcar, portanto. Qual a questão de início do dia: qual a maneira mais rápida de ir desta para melhor?
Bom dia!
P.s.: há quem tenha partido pernas e outras coisas por causa dessa história do açúcar se andar a rebolar no chão. A pessoa limpa mas fica sempre lá qualquer coisa...
Acordo (estou viva). Acordo com um pesadelo muito mauzinho. Começo a tossir. Merda, estou com tosse. Qual é o problema? Sou viciada em tabaco. Qual é o problema? Tossir e fumar não combinam. Levanto-me. Dói-me a cabeça. É sempre bom acordar com dores de cabeça... Fui fazer um xarope de cenoura para a tosse. Outro problema? Aquilo ainda demora a ficar pronto, em xarope. Além disso deixei cair a caixa do açucar toda no chão. Limprar açúcar, portanto. Qual a questão de início do dia: qual a maneira mais rápida de ir desta para melhor?
Bom dia!
P.s.: há quem tenha partido pernas e outras coisas por causa dessa história do açúcar se andar a rebolar no chão. A pessoa limpa mas fica sempre lá qualquer coisa...
Aquele que foge com o olhar, que foge com os sorrisos. Mas o meu mar cerca-te dessas ondas, ondas nas quais desejas mergulhar. Flutuas como as folhas que teimam em cair, mas neste mar sonhas um sonho maior, um rebentar de ondas na ondulação carregada de marés, seguindo a frente dos meus olhos. Não olhas, olhas… Já estás a olhar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)