O fogo que dorme neste tempo
Não saberá a paisagem humana ateá-lo
E ser nele o seu espírito?
Um rio que se faz escutar
No espanto do vento
Que lê as cartas deitadas sobre si
De amores em desespero
Os contornos dos rostos marcados
Como um mapa no canto das aves
Esses rostos que procuram escapar
Ao silêncio da dor e da fadiga
O fundo azul da tarde
Derrama um sentimento de calma
O raio de um verso antigo exclama:
“Saúdo-te amigo no teu caminho
Dirijo-te a minha voz para que prossigas
Mesmo que o teu olhar não veja a passagem”