Os meus olhos abrem-se
Na direcção dos teus dias
No inebriamento dos sentidos
Procuro o fulgor do teu coração
Vivo nesta alegria minha de saber
O teu encontro em mim
Deitada na planície dos sonhos
Apenas te sinto a correr cá dentro
E é amor esta invasão
De açúcar no sangue
Vê bem como está bonito o último verso. Eh, eh, eh. Até tenho um certo jeito. Sim, porque houve uma certa noite em que uma certa pessoa disse que a poesia que não rimava tinha menos qualidade do que a que rimava. E essa pessoa devia ter ficado caladinha e não ter falado sobre coisas de que não sabia. O problema é que não devia ter ficado caladinha coisa nenhuma. Porque senão nunca se teria iniciado a mais bela história de amor que eu jamais conheci. E a mais infernal também: quem é que espera cinco anos por uma pessoa depois de ter estado com ela durante uma noite? Já expliquei que estou num estado de loucura total? Claro que ninguém acredita em mim, acham que eu acredito nisto para preencher o meu vazio emocional. Pois há um vazio sim gajo, mas isso é porque faltas TU! E a ver se mudamos essas tuas opiniões sobre a poesia, senão temos chatices. Só faltava dizeres que gostas mais da poesia do Camões do que da minha ou uma coisa parecida.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Já jantei. Tudo muito simples, fiz uma bifana com arroz branco e encharquei tudo em litros de limão. Sou uma grande amante de limão, especialmente com carradas de sal. Sou alcoolimónica. E tu tens pancada com o quê? E lá passou mais um “21 minutos” por mim…Juro que não estava a espreitar para ver quando é que ele chegava. Devia estar a escrever poesia, não tenho escrito nada. Talvez vá escrever um poema para ti e o ponha aqui para to mostrar.
Isto foi o que eu escrevi no meu diário sobre o nosso 2º Aniversário:
Primeiro dia das comemorações (26 de Junho): Eu e a Inês fomos ao Meco e eu dei um grande trambolhão ao descer aquela ravina de merda. Depois pôs-me de cuecas porque não tinha trazido o fato de banho. Levei uma eternidade a subir a ravina na volta e quando cheguei lá a cima comecei a pedinchar água e um tipo todo giraço deixou-me beber a garrafa dele quase toda, tão giro caraças. Quando chegámos a Lisboa a Inês não estava lá muito bem disposta, o que invadiu um bocado o ambiente. E não levámos as comemorações até ao fim, como estava estipulado para aquele dia. Mas gostei do que foi feito, foi romântico. O barquinho nadou um bocadinho naquela fonte onde tomei banho a seguir a estar com o rapaz. Recitei bem os poemas sentada em frente ao nº 21. As velas estavam bonitas em cima dos pastéis de nata, todas alegres, uma azul, a outra cor de rosa. Já o pastel de nata que comi não era nada de especial. Aquele que comi há dois anos deve ter sido mais apetitoso, uma vez que foi comprado a pensar num pequeno-almoço romântico. Os dois, aliás. Porque o gajo não comeu nenhum. só me comeu a mim (risos). Fez bem, eu sou bastante comestível (risos). O que sobrou, porque a Inês não quis comê-lo, levei-o para a minha mãe. À noite eu e o Luís fomos a um Arraia Gay no Terreiro do Paço, tal como eu tinha ido na noite em que nos conhecemos, mas não estava tão divertido e colorido como o outro. Mas fiquei a saber que existia uma coisa chamada speed dating, e às tantas só me apetecia ir para o meio daquelas gajas giras (risos).
Segundo dia das comemorações (28 para 29 de Junho): Eu e o Luís fomos maravilharmo-nos até ao Castelo de São Jorge. Foi um grande passeio, passámos o tempo a falaricar enquanto subíamos quase sem parar. Parámos no Miradouro de Santa Luzia para vermos a paisagem, estava um dia lindo. Quando chegámos ao castelo sentámo-nos um bocado, eu fumei um cigarro e de seguida contemplando o céu, procurando a sua aragem mais doce, atirei o avião ao pé de um poema da Sophia. Depois de pendurar o poema da esplanada (que estava em obras), aquela onde conheci o italiano que me levou ao nº 21 fomos jantar à Costa do Castelo (assinei na conta: “Nós somos o poema que se estende por todas as paisagens”). A seguir cavalgamos até ao Miradouro da Graça, onde perdi uma aposta de cinco euros com o Luís (agora chama-se “Miradouro Sophia Mello Breyner”).
O relógio bateu agora a meia noite, fazemos dois anos. Ponho a tocar a música “The Only One” dos The Cure. Vinte e sete para vinte e oito de Junho, foi nesta data que há dois anos atrás me apaixonei por ti. Por tudo o que eras. E continuo apaixonada. Porque o tempo nada apagou. Persigo o teu rosto, a tua pele, o teu cheiro. Não sei como me esconder de ti, estás demasiado dentro de mim. A seguir ponho a tocar a música “The Grateast” da Cat Power. Música que ponho a tocar muitas vezes quando penso em nós dois. Sentes a intensidade do meu sentir? Porque tudo em nós foi festivo. Nós dois fizemos poesia naquele dia. Sinto tantas saudades tuas. Dava quase tudo para estares aqui comigo. E eu contava-te esta história abraçada a ti. Achas que eu achei que ele era o Amor enquanto ele dormia Bruna? Porque eu estava a pensar em coisas maravilhosas. Eu estou feliz com as comemorações, muito feliz. Acho que foram muito bonitas. Acho que ele vai gostar no futuro (risos).
Primeiro dia das comemorações (26 de Junho): Eu e a Inês fomos ao Meco e eu dei um grande trambolhão ao descer aquela ravina de merda. Depois pôs-me de cuecas porque não tinha trazido o fato de banho. Levei uma eternidade a subir a ravina na volta e quando cheguei lá a cima comecei a pedinchar água e um tipo todo giraço deixou-me beber a garrafa dele quase toda, tão giro caraças. Quando chegámos a Lisboa a Inês não estava lá muito bem disposta, o que invadiu um bocado o ambiente. E não levámos as comemorações até ao fim, como estava estipulado para aquele dia. Mas gostei do que foi feito, foi romântico. O barquinho nadou um bocadinho naquela fonte onde tomei banho a seguir a estar com o rapaz. Recitei bem os poemas sentada em frente ao nº 21. As velas estavam bonitas em cima dos pastéis de nata, todas alegres, uma azul, a outra cor de rosa. Já o pastel de nata que comi não era nada de especial. Aquele que comi há dois anos deve ter sido mais apetitoso, uma vez que foi comprado a pensar num pequeno-almoço romântico. Os dois, aliás. Porque o gajo não comeu nenhum. só me comeu a mim (risos). Fez bem, eu sou bastante comestível (risos). O que sobrou, porque a Inês não quis comê-lo, levei-o para a minha mãe. À noite eu e o Luís fomos a um Arraia Gay no Terreiro do Paço, tal como eu tinha ido na noite em que nos conhecemos, mas não estava tão divertido e colorido como o outro. Mas fiquei a saber que existia uma coisa chamada speed dating, e às tantas só me apetecia ir para o meio daquelas gajas giras (risos).
Segundo dia das comemorações (28 para 29 de Junho): Eu e o Luís fomos maravilharmo-nos até ao Castelo de São Jorge. Foi um grande passeio, passámos o tempo a falaricar enquanto subíamos quase sem parar. Parámos no Miradouro de Santa Luzia para vermos a paisagem, estava um dia lindo. Quando chegámos ao castelo sentámo-nos um bocado, eu fumei um cigarro e de seguida contemplando o céu, procurando a sua aragem mais doce, atirei o avião ao pé de um poema da Sophia. Depois de pendurar o poema da esplanada (que estava em obras), aquela onde conheci o italiano que me levou ao nº 21 fomos jantar à Costa do Castelo (assinei na conta: “Nós somos o poema que se estende por todas as paisagens”). A seguir cavalgamos até ao Miradouro da Graça, onde perdi uma aposta de cinco euros com o Luís (agora chama-se “Miradouro Sophia Mello Breyner”).
O relógio bateu agora a meia noite, fazemos dois anos. Ponho a tocar a música “The Only One” dos The Cure. Vinte e sete para vinte e oito de Junho, foi nesta data que há dois anos atrás me apaixonei por ti. Por tudo o que eras. E continuo apaixonada. Porque o tempo nada apagou. Persigo o teu rosto, a tua pele, o teu cheiro. Não sei como me esconder de ti, estás demasiado dentro de mim. A seguir ponho a tocar a música “The Grateast” da Cat Power. Música que ponho a tocar muitas vezes quando penso em nós dois. Sentes a intensidade do meu sentir? Porque tudo em nós foi festivo. Nós dois fizemos poesia naquele dia. Sinto tantas saudades tuas. Dava quase tudo para estares aqui comigo. E eu contava-te esta história abraçada a ti. Achas que eu achei que ele era o Amor enquanto ele dormia Bruna? Porque eu estava a pensar em coisas maravilhosas. Eu estou feliz com as comemorações, muito feliz. Acho que foram muito bonitas. Acho que ele vai gostar no futuro (risos).
Não me ias querer aturar hoje, pois estou bastante irritada. Levantei-me a dizer: “sou uma merda, a minha vida é uma merda”. Bela forma de começar a dia, hã? Não fiz nada, só fui ao Cambridge inscrever-me. Falei com o meu amigo Tiago sobre o assunto “abandono”, o que também não me deixou lá muito bem disposta. Agora tenho de jantar sozinha, o que me desagrada muitíssimo, detesto comer sozinha. Nem com o raio das gatas posso contar, estão a dormir profundamente em cima da minha cama, não vou acordá-las só para me fazerem companhia. Até te convidava para vires jantar comigo, mas não faço a mínima ideia por onde andarás. Fica já a saber que não sei cozinhar, e se tu também não souberes então temos um problema. Bem, encontraremos uma solução de certeza…Também nos podemos cozinhar à vez e comermo-nos (piada básica).
Ontem, quando fui ao Bairro Alto, dei um pulo ao “Purex” e quando vi aqueles gays todos agarradinhos lembrei-me instantaneamente de ti, como é óbvio. Estava ali um clima tão libidinoso, fiquei excitada admito. Aqueles corpos estremecendo na respiração uns dos outros…roçando-se, apertando-se…Lembro-me sempre da nossa noite, esse desejo transbordando os poros que nos fez encontrarmo-nos num ritmo despertando fontes esplendorosas. Fontes esplendorosas…talvez aches que é um bocado para o exagerado mas foi o que saiu.
Gostava de desabafar contigo os meus problemas, podias dar-me bons conselhos, tenho a certeza. Tenho um problema com as pessoas que me são mais próximas, acho que elas me “abandonaram” no longo período de tempo em que estive bastante mal. Elas resistem a essa ideia, o que magoa bastante. Mas sei que tenho de avançar com a minha vida e fazer as pazes com isso. Mas é difícil porque ainda me dói bastante. É preciso tempo…
Subscrever:
Mensagens (Atom)