Era
uma vez uma safira que encontrou um figo e perguntou-lhe: porque é que és
verde? Ora sei lá, nasci assim da figueira, e tu porque é que és azul? Também não
sei, mas é uma bela cor. Tens razão, não me queres dar um pouco dela. Ok,
podemos trocar. Quando os outros figos viram o figo meio verde, meio azul
puseram-se a gozar. Caio-te o céu em cima? O figo ficou muito triste e foi
falar com a safira. A safira, então, apareceu perante os figos, estes ficaram
deslumbrados com ela e perceberam a história toda. Quiseram um pouco do seu
azul também mas não havia para todos. Ela foi chamar as amigas e deu para toda
a gente. Depois, fizeram um grande piquenique e, no fim, as cerejas também quiseram
uma troca de cores.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
O
que eu escrevo é o que eu sou, o que eu sou é o que eu escrevo. Não há nada mais
puro em mim do que escrever. Eu até podia escrever sobre mangueiras rotas,
tanto fazia. Tinha significado para mim, para a minha escrita. A minha escrita:
total liberdade, ninguém a foder-me a cabeça. Ela nada me impõe. Ela salvou-me
a vida. Está tudo dito.
Sofia Sara
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