(Pablo Picasso)
sábado, 9 de agosto de 2008
Estou à janela e sei sete canções
As histórias que conheço doem
No fundo dos meus olhos
Saltei grades e as pernas magoaram-se
As mãos sangraram
O sangue fresco da manhã
A paisagem continua bela
Mas o olhar está triste
O coração bate pesadamente
Ele sonha demasiado alto
E as estelas apenas continuam a brilhar
Estou à janela e sei sete músicas
Canto a minha vida sem rumo
Canto os nomes que desconheço das flores
Canto o movimento dos rios e das ondas
Sei de histórias novas que deixam
Os olhos abertos e que abrem mais a janela
Mas a vida sempre foi desacertada
E eu continuo à janela
As histórias que conheço doem
No fundo dos meus olhos
Saltei grades e as pernas magoaram-se
As mãos sangraram
O sangue fresco da manhã
A paisagem continua bela
Mas o olhar está triste
O coração bate pesadamente
Ele sonha demasiado alto
E as estelas apenas continuam a brilhar
Estou à janela e sei sete músicas
Canto a minha vida sem rumo
Canto os nomes que desconheço das flores
Canto o movimento dos rios e das ondas
Sei de histórias novas que deixam
Os olhos abertos e que abrem mais a janela
Mas a vida sempre foi desacertada
E eu continuo à janela
O mundo dorme um sono certeiro
Eu encontrei um joelho que corria
Mais do que os pés macerados
Levaram-me a jantar e fomos às muralhas antigas
Antigas ou não com um sopro de mão
Foram deitadas abaixo essas fortalezas
Levantar-se e decidir que ser sonhador
É ser a frente de uma tarde aberta
Para das bocas saltarem as verdades
Nuas de seios nascendo pelo corpo todo
Há muita fome para alimentar
A vontade de mudar nestes saltos prevaleça
Pintando cigarras nos jardins
Elas cantam o amor no seu esplendor
Que lindas palavras para essa moça
Que passa enquanto estás sentado nesse banco
O que esperas para ires no seu passo
E lhe contares uma poesia ou duas?
Eu encontrei um joelho que corria
Mais do que os pés macerados
Levaram-me a jantar e fomos às muralhas antigas
Antigas ou não com um sopro de mão
Foram deitadas abaixo essas fortalezas
Levantar-se e decidir que ser sonhador
É ser a frente de uma tarde aberta
Para das bocas saltarem as verdades
Nuas de seios nascendo pelo corpo todo
Há muita fome para alimentar
A vontade de mudar nestes saltos prevaleça
Pintando cigarras nos jardins
Elas cantam o amor no seu esplendor
Que lindas palavras para essa moça
Que passa enquanto estás sentado nesse banco
O que esperas para ires no seu passo
E lhe contares uma poesia ou duas?
Odeio as noites desde que são noite, só o seu cheiro nauseabundo me enlouquece a alma. Esfriam o meu calor e libertam fantasmas de dor com os seus sons e ruídos de silêncio. Falo com ela, com a Floriana, coloco tudo em dúvida, a vida e o absurdo que ela representa. Não vejo a Floriana mas sei que ela está escondida no meio de toda a escuridão da noite. Não durmo por vezes, por vezes choro e penso ouvir o choro dos outros. A noite sela a esperança, adormece toda e qualquer luz, mas a Floriana dá-me palavras de alento, ela, sem que veja, segura-me as mãos até adormecer. E acabo sempre por adormecer, muitas vezes no colo quente dela.
Ian McCulloch: "Baby Hold On"
When your life is wrong
And your days are gone
And the Night is coming on
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
When your race is run
And the prize is won
Make the words to your song
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
When it feels like no one listens
And it seems like no one hears you call
When your star no longer glistens
I'll be there to catch you
You won't fall
You won't fall
When your day is done
Like a setting sun
And the night keeps coming on
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
When your life is wrong
And your days are gone
And the Night is coming on
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
When your race is run
And the prize is won
Make the words to your song
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
When it feels like no one listens
And it seems like no one hears you call
When your star no longer glistens
I'll be there to catch you
You won't fall
You won't fall
When your day is done
Like a setting sun
And the night keeps coming on
Baby hold on
Baby hold on
Baby hold on
O cheiro da lavanda
Nos ramos da vida
Acesa sobre a vida de uma mulher
Que deixou os restos da fruta na mesa
E partiu para a sua jornada
Ela estava perturbada
Mas o vento sobre a folhagem
Lia-lhe poemas da natureza profunda
E trouxe-lhe um cavalo que a levou
A casa sem hesitação
Um cavalo livre correndo pelos campos
Pelas searas harmoniosas
E ela passou por um cão acorrentado
Libertando dessa sua prisão
O bicho ladrou noite adentro de tal felicidade
Era música para as plantas e luar
Lavanda com cheiro a vida
Espalhando-se pelas mãos da mulher
Que dessa sua jornada
Fez do longe perto
Nos ramos da vida
Acesa sobre a vida de uma mulher
Que deixou os restos da fruta na mesa
E partiu para a sua jornada
Ela estava perturbada
Mas o vento sobre a folhagem
Lia-lhe poemas da natureza profunda
E trouxe-lhe um cavalo que a levou
A casa sem hesitação
Um cavalo livre correndo pelos campos
Pelas searas harmoniosas
E ela passou por um cão acorrentado
Libertando dessa sua prisão
O bicho ladrou noite adentro de tal felicidade
Era música para as plantas e luar
Lavanda com cheiro a vida
Espalhando-se pelas mãos da mulher
Que dessa sua jornada
Fez do longe perto
Desfaço-me em pedaços do que fui no líquido presente do tempo que flui sempre, a chama enfraquece, a inércia que corrói no correr das pernas que esmorecem. Range o corpo com a luz que se apaga na solidão, que foge nos segundos que envelhecem. O sol põe-se todos os dias e todos eles são os mesmos passos. Planta-me um girassol no coração podia pedir-te, mas sei que não existes. Posso dizer que as minhas mãos tremem, que já fui mais do que sou, a vida radiosa em mim morreu.
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